Sindicatos fazem ato no Rio pedindo garantia de emprego para trabahadores da Americanas

Representantes de centrais sindicais do Brasil se reuniram na manhã desta sexta-feira, 3, para cobrar a garantia dos empregos e direitos trabalhistas dos 44 mil funcionários da Americanas. A concentração ocorreu na Cinelândia, no Rio de Janeiro, e se estendeu até o início desta tarde, momento em que seis presidentes sindicais devem se reunir com representantes da empresa.

De acordo com Ricardo Patah, presidente dos Sindicatos Comerciários de São Paulo, no encontro estarão presentes o diretor de Recursos Humanos da Americanas, o diretor de relações sindicais e advogados da companhia.

— Queremos um plano de recuperação de que a gente possa participar. Provavelmente algumas lojas vão fechar e pessoas serão demitidas. Não queremos isso, mas, se ocorrer, esperamos que todos os direitos sejam pagos — afirmou.

O EXTRA tentou contato com funcionários de uma loja Americanas próxima ao local, que preferiram não se identificar. À repórter, foi dito que, até o momento, a rotina “segue normal” e sem atrasos nos pagamentos.

— A maior parte das notícias que saem falam dos acionistas, das empresas e dos bancos. Pouco se fala dos invisíveis, as famílias, os 44 mil trabalhadores e o que vai acontecer com eles — disse Patah.

Ação na Justiça
No final de janeiro, oito entidades sindicais ajuizaram uma ação civil pública contra a Americanas e os três principais sócios da empresa, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

A ação corre na 8ª Vara do Trabalho de Brasília em paralelo com a recuperação judicial, aceita pela Justiça do Rio. O objetivo é garantir os direitos trabalhistas dos 44 mil funcionários.

Além disso, a expectativa é a de que o patrimônio pessoal dos acionistas de referência possa ser executado para o pagamento das dívidas trabalhistas, independentemente do processamento da recuperação judicial.

Nesta sexta, os manifestantes pediram a “responsabilização dos acionistas principais pela fraude contábil que ocorreu durante anos”, segundo cartilha distribuída no local.

— Hoje é um ato preventivo, porque queremos clareza da empresa. Atualmente, só ficamos sabendo o que sai na imprensa — disse Darlana Santiago, membro da diretoria executiva do Sindicato do Rio e funcionária das Americanas desde 2013.

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