17 de março de 2025

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Roda de conversa em alusão ao dia do voto feminino

 

Evento foi realizado em celebração aos 93 anos da conquista

 

O Espaço da Mulher Mesquitense promoveu, na tarde da última terça-feira, 25, uma roda de conversa sobre a importância do voto feminino, em celebração aos 93 anos da conquista desse direito no Brasil. Realizado no auditório Zelito Viana, na sede da prefeitura municipal, o evento reuniu representantes da sociedade civil, autoridades políticas municipais e palestrantes convidadas da Ordem dos Advogados do Brasil de Mesquita, de Nova Iguaçu, da ADEPOL-RJ e OAB Mulher, que debateram o tema a partir de reflexões sobre o papel da mulher na sociedade. Ao todo, mais de 80 participantes estiveram presentes na ocasião.

 

Para compor a primeira mesa convidada, foram chamados a subsecretária municipal de Assistência Social, Erika Rangel; o coordenador de Direitos Humanos, Loan Cavalcante; o comandante da Guarda Civil Municipal, Tiago Oliveira; a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres e responsável pelo Espaço da Mulher Mesquitense, Silvânia Almeida; e a assistente social da Secretaria do Estado da Mulher e integrante da equipe técnica do Centro Especializado de Atendimento à Mulher da Baixada Fluminense, Tânia Almeida. No início da roda de conversa, foi apresentada uma contextualização da história do voto feminino, com abordagem ao período imperial e ao movimento sufragista, acompanhado do canto coletivo do hino nacional.

 

“O dia 24 de fevereiro marca uma conquista fundamental na história do nosso país: a instituição do voto feminino, que é um marco que sinaliza a luta das mulheres por direitos políticos e nossa participação ativa na construção da sociedade. No início do século XX, o Brasil ainda era um país onde a participação política era limitada a poucos cidadãos. As mulheres, assim como outros grupos marginalizados, não tinham voz nas decisões que moldavam a nação. Contudo, graças à luta incansável de muitas mulheres, essa realidade começou a mudar. Então é com grande satisfação que nos reunimos hoje para discutir um tema de extrema relevância para a democracia e a igualdade de gênero no Brasil”, afirma a assistente social do CEAM Mesquita, Patrícia Silva.

 

Ao longo da conversa, foram debatidos temas sobre políticas voltadas ao público feminino, incluindo a busca por igualdade de direitos entre os gêneros.

 

“Celebramos 93 anos de conquistas para nós, mulheres, um direito que foi arduamente conquistado. É inegável que vivemos em uma sociedade que, infelizmente, ainda é machista e faz distinções de gênero. No entanto, aqui estamos, unidas em um grupo comprometido para dizer sim aos nossos direitos. A conquista do voto não foi fácil, e celebrar este é fundamental para continuarmos a batalhar por mais representatividade e espaços que ainda são desafiadores para nós mulheres. Juntas, seguimos firmes na luta por igualdade e reconhecimento”, comenta a subsecretária municipal de Assistência Social, Erika Rangel.

 

A roda de conversa abordou a importância da inserção de mais mulheres em cargos de poder, junto a necessidade de elaboração de mais políticas públicas voltadas à equidade. Além disso, foi destacado como programas sociais destinados ao público feminino são essenciais para a construção de uma sociedade mais inclusiva, desde projetos de lei a espaços educacionais, com citação ao Espaço da Mulher Mesquitense, equipamento público municipal que promove o empoderamento feminino por meio de capacitações profissionais gratuitas.

 

“A conquista do voto feminino só foi possível através da luta incansável de mulheres que ousaram sonhar e reivindicar seu espaço de voz e decisão. Mas nossa luta não termina no direito ao voto! A trajetória das mulheres na política é marcada por desafios que ainda persistem. Precisamos romper essas barreiras para que o espaço político reflita a diversidade da população. A participação feminina na democracia não é apenas um direito; é uma necessidade. Quanto mais mulheres ocuparem posições de liderança, mais as pautas sociais ganham visibilidade”, declara a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres e responsável do Espaço da Mulher Mesquitense, Silvânia Almeida.

 

A conversa ainda apresentou dados estatísticos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que demonstram que no ano de 2024, as mulheres totalizaram 52% do eleitorado brasileiro.

 

“Falar sobre a importância deste dia é fundamental para aumentar nossa conscientização e mobilização. Precisamos reivindicar nosso espaço e garantir que as mulheres estejam ativamente buscando seus direitos em todos os setores da sociedade”, determina a representante da Secretaria do Estado da Mulher e integrante da equipe técnica do CEAM Baixada, Tânia Almeida.

 

Para aprofundar a discussão sobre o movimento sufragista, que lutou pelos direitos políticos das mulheres entre o fim do século XIX e o início do século XX, participaram da mesa técnica as advogadas Dra. Flávia Telles, Dra. Mariana Nunes, Dra. Fernanda Cristina de Barros Lima e Dra. Mônica Araújo S. Dantas, representantes da OAB de Mesquita, OAB Nova Iguaçu, ADEPOL-RJ e OAB Mulher. Também esteve presente a Dra. Maria dos Anjos Carmadella, primeira delegada da Baixada Fluminense e integrante da Comissão de Ética da Associação de Delegadas da Polícia Civil do RJ (ADEPOL), que destacou a importância da conscientização política entre as mulheres.

 

“A luta pelo voto foi um marco na história das mulheres no Brasil. Pioneiras como Bertha Lutz mobilizaram milhares de mulheres, unindo forças para exigir o direito de serem ouvidas. Enfrentando preconceitos e resistências, elas mostraram que a união é fundamental para alcançar conquistas. Afinal, o grande negócio da mulher é ir à luta, e precisamos estar unidas para garantir igualdade em todas as áreas da sociedade”, finaliza a delegada.

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