Recém nomeado, Alexandro Moretti, já é alvo de insatisfação por ala da Abin

Poucas horas após nomeação de Alessandro Moretti como novo diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o blog apurou que querem derrubá-lo do cargo. A acusação é sempre a mesma, a de que o indicado é bolsonarista pelo fato de ter exercido cargo de chefia durante o governo Bolsonaro.

Moretti assumiu em março de 2022 a Inteligência da Polícia Federal, cargo que ocupou até o fim do governo Bolsonaro. Nesta sexta-feira (3) ele voltou ao governo, mas sob a gestão de Lula e na Abin, principal órgão de inteligência brasileiro.

O blog apurou que Moretti é alvo de uma ala que está insatisfeita com os novos ares na Abin: militares e grupo reduzido de servidores da própria agência.

A nomeação aconteceu após a transferência da agência de inteligência para a Casa Civil, pasta comandada por Rui Costa. A mudança acompanha a nova proposta para a Abin, que já havia sido adiantada pelo blog, que é de monitorar e identificar grupos extremistas nas redes sociais para se antecipar a ataques à democracia, como os ocorridos em 8 de janeiro.

A presença de um ex-integrante de cargo na gestão Bolsonaro, no entanto, foi recebida com rejeição de uma ala.

No entanto, Moretti é um dos nomes de confiança do indicado pelo governo para o cargo de diretor-geral na agência. Além disso, tem um histórico na PF que vai além de Bolsonaro.

No início dos anos 2000, o delegado integrou equipes e coordenou investigações contra contrabandistas em São Paulo e a máfia dos caça-níqueis no Rio de Janeiro. Também foi chefe de operações da PF em Minas Gerais e número 2 da Inteligência da PF em gestões petistas.

O delegado também atuou como responsável pela segurança dos ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e subsecretário de segurança de Brasília, tendo Anderson Torres como secretário.

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