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Prefeitura do Rio assina contrato de concessão para revitalização do Jardim de Alah

A Prefeitura do Rio de Janeiro assinou nesta quarta-feira (8) o contrato de licitação da Parceria Público-Privada para a revitalização do Jardim de Alah, na Zona Sul do Rio. O projeto prevê a integração total entre os bairros de Ipanema e Leblon, e entre a praia e a Lagoa Rodrigo de Freitas.

O Consórcio Rio + Verde deve investir R$ 85 milhões na revitalização do local. O projeto prevê a construção de lojas e restaurantes, além de novas pontes sobre o canal, facilitando assim o fluxo das pessoas.

Na opinião do prefeito Eduardo Paes (PSC), as obras no local vão representar uma mudança histórica para a cidade.

“Essa é uma mudança histórica pra cidade. A gente vai poder integrar ainda mais as suas bases e criar mais um espaço público de muita qualidade na cidade. O importante é isso. É feito com recurso privado, é uma concessão privada, mas é um parque que acima de tudo vai manter a sua dimensão pública”, diz Paes.

 

Para maior integração do parque com o bairro, o Jardim de Alah não contará com grades. A área verde será mantida, assim como as construções tombadas, mas o parque ganhará novas estruturas, aproveitando os diferentes níveis que já existem.

“Esse é um projeto que é um manifesto da não arquitetura. É um projeto que a arquitetura é feita para desaparecer na paisagem. (…) A gente conseguiu, a partir de um bom projeto, encaixar dentro desse parque as estruturas necessárias para viabilizar o parque financeiramente, para sustentabilidade econômica, para que os equipamentos sociais de integração da Cruzada São Sebastião também estejam construídos, estejam contemplados, mas sem perder área pública, sem perder área verde”, comentou o arquiteto Miguel Pinto Guimarães.

As obras no Jardim de Alah devem durar cerca de um ano, mas ainda não tem previsão de início. A próxima etapa do processo é a apresentação das licenças ambientais, de patrimônio e urbanística, por parte do Consórcio Rio + Verde.

Creche pública e quadras

O projeto que prevê um investimento de R$ 85 milhões na recuperação dos jardins, também vai reconstruir uma creche pública que existia no local. Outra obra prevista é a de construção de quadras poliesportivas para escolinhas que já funcionam na Cruzada São Sebastião.

Também estão previstas melhorias nas ciclovias e uma nova infraestrutura de estacionamento. A contrapartida para o consórcio gestor do parque vem da implantação de quiosques e lojas no local.

Além das novas estruturas, o parque também deve receber obras de arte, como um museu a céu aberto, inspirado em parques internacionais, como o Storm King, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

MP contesta licitação

O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) de Janeiro está contestando alguns pontos da licitação na Justiça. A Promotoria de Defesa e da Cidadania do Rio afirma que a Lei Orgânica do Município proíbe a concessão de espaços públicos como áreas verdes e praças.

Jardim de Alah — Foto: Divulgação/Rio + Verde

A juíza Regina Lúcia Chuquer julgou como improcedente a primeira ação do MP. A magistrada ressaltou que o modelo de concessão já tem sido usado em outros espaços da cidade, como o Parque da Catacumba, na Lagoa.

Na última terça-feira (7), a promotora Daniela Abritta Carneiro recorreu da sentença.

Moradores favoráveis

O Jardim de Alah foi inaugurado em 1936 e é formado por três grandes praças: Almirante Saldanha; Grécia; e Paul Claudel. A última reforma no local foi em 2016, depois da chegada da estação de metrô na região. Atualmente, a área está bastante degradada e quase não tem uso pela população.

A Associação de Moradores e Defensores do Jardim de Alah, que é contrária ao projeto, afirmou que se preocupa com possíveis danos ambientais e ao patrimônio histórico tombado.

Jardim de Alah — Foto: Reprodução TV Globo

A associação também disse que mesmo com a assinatura do contrato, continuará acompanhando o caso e avaliando medidas judiciais cabíveis ao longo do processo.

A Associação de Moradores do Leblon e de Ipanema também informou ser favorável ao projeto de concessão do Jardim de Alah.

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