Prefeitura de Tanguá assina Termo de Cooperação Técnica com startups e dá início ao cultivo de lúpulo na área rural da cidade

A prefeitura, por meio das secretarias municipais de Agricultura e Desenvolvimento Rural e de Ciência, Tecnologia e Inovação, acaba de dar mais um passo para a cultura do plantio de lúpulo.

Uma reunião, realizada na última semana, no gabinete do prefeito Rodrigo Medeiros, serviu para complementar o que já havia sido discutido no último mês de março, ocasião em que foram iniciadas as tratativas com as startups que compõem o Rio Scientific Entrepreneurship (RISE) – grupo de startups de base científica do Rio de Janeiro e que engloba a Søllytch, a Biohop Biotecnologia, a Gaia Soluções Ambientais ea Sucellus Agroambiental, que realizaram análises da qualidade do solo tanguaense em um estudo feito por pesquisadores e engenheiros agrônomos: a possibilidade do cultivo do lúpulo no município, servindo com mais uma opção de produto para os agricultores locais.

Verificadas as condições do solo e dado como totalmente positivo o estudo, vislumbra-se a possibilidade de que já nos próximos seis meses seja feita a primeira colheita da nova espécie vegetal a ser produzida no município.

A assinatura do Termo de Cooperação Técnica, realizada nesta semana foi o primeiro passo para que Tanguá, que já é declarada por lei como a “Capital Estadual da Laranja”, possa agregar também este produto em sua produção agrícola, que é uma das principais matérias-primas no processo de fabricação da cerveja e que 90% de tudo o que é consumido pelas cervejarias brasileiras, é de origem estrangeira.

As startups oferecerão suporte tecnológico e biotecnológico com acompanhamento, rastreabilidade da produção e fornecimento de mudas de qualidade. A Biohop é a primeira biofábrica voltada para a produção in vitro de mudas de lúpulo no Brasil.

“Esse projeto piloto é só o início, através dele podemos comprovar a possibilidade de produção de lúpulo na região. A Biohop segue como uma empresa de inovação que pretende contribuir para o fortalecimento da cultura no país. Para isso, desenvolvemos pesquisas buscando novas variedades de lúpulo para o mercado brasileiro. Essas variedades poderão ser inseridas em Tanguá e nas diversas regiões do país”, disse Cássia Coelho, fundadora da Agtech.

A área destinada ao plantio fica na antiga sede da secretaria municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural, no bairro da Posse dos Coutinhos, e a expectativa é de que em apenas seis meses, a produção do lúpulo tanguaense já poderá demonstrar a capacidade de geração de lucro e a força das Agtechs (startups do setor agro).

“Esta é mais uma das nossas ações para ampliar o nível da produção e a capacidade de geração de renda para a população da nossa cidade. Como já havia dito antes, no nosso primeiro encontro, unir a academia, o setor produtivo e o setor público, que é a tríplice que alavanca a economia, é o caminho que buscamos para que, além dos produtos que já produzimos, possamos buscar outras alternativas de rendimentos, não apenas para os produtores rurais, mas também para os setores comercial e a industrial, já que o que se produz no campo, poderá servir de matéria prima para a indústria e será escoado pelo comércio”, disse o prefeito Rodrigo Medeiros.

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