Polícia prende estelionatários que sequestravam comparsas e família para cobrar dívida de R$ 100 mil
Três homens acusados de praticar fraudes bancárias foram presos por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) nesta manhã, na Zona Oeste do Rio. Segundo as investigações da Polícia Civil, ao menos R$ 12 milhões foram roubados pela organização criminosa, que, nas redes sociais, ostentava luxo com publicações de roupas de grife e carros. No entanto, após integrantes fazerem um desvio de R$ 100 mil, a quadrilha passou a praticar extorsões e sequestros por vingança aos traidores.
André de Souza da Silva, o BB Sheik, de 28 anos; Thiago Emiliano Marcos Peçanha, o Balloteli, 28; e Francisco Iago Oliveira, 26, foram presos nesta sexta-feira.
De acordo com a Polícia Civil, em dezembro de 2020, o grupo utilizou uma empresa de fachada para o depósito de um valor de R$ 100 mil. Os destinatários, que eram integrantes da quadrilha, no entanto, optaram por não repassar parte do valor para ao restante do bando.
Como forma de retaliação, os criminosos foram ao endereço de um dos comparsas, o renderam e sequestraram sua mãe, seu padrasto e um primo. Todos foram levados para a região de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, onde o grupo passou a exigir a devolução do dinheiro sob ameaça de morte dos reféns. A quadrilha ainda cobrou 10% de juros sobre o valor inicial, totalizando R$ 110 mil.
Com roupas de grife — como Burberry, Gucci, Prada e Balenciaga —, além de carros da marca Porsche, BB Sheik, apontado como o líder da quadrilha, ostentava uma vida luxuosa. Segundo a Polícia Civil, chefe do bando possuía um veículo do modelo Macan, avaliado em mais de R$ 400 mil.