Polícia Civil e MP realizam operação contra golpes em vendas de imóveis
Rio – A Polícia Civil e o Ministério Público (MPRJ) realizam, na manhã desta quarta-feira (14), a operação Casa de Papel, com o objetivo de cumprir quatro mandados de prisão contra pessoas denunciadas por estelionato e 46 de busca e apreensão em endereços ligados aos criminosos. Até o momento, um homem foi preso em um escritório no Centro do Rio. Drogas, granadas, carregadores, munição, telefones e radiotransmissores foram apreendidos.
De acordo com o MPRJ, 20 pessoas foram denunciadas por envolvimento com estelionato e associação criminosa em um esquema de fraude na compra de imóveis. Os mandados estão sendo cumpridos na Barra da Tijuca, Recreio e Bangu, na Zona Oeste; no Centro do Rio; em Duque de Caxias, São João de Meriti e Belford Roxo, na Baixada. Os pedidos da Promotoria foram deferidos pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Caxias.
A ação é realizada por meio da 3ª Promotoria de Investigação Penal Territorial de Duque de Caxias, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de agentes da 62ª DP (Imbariê).
Segundo as investigações da Polícia Civil, os golpistas anunciavam na internet imóveis alugados como se fossem próprios e sumiam depois que recebiam um sinal.
De acordo com a denúncia do MPRJ, o grupo utilizava as empresas Cooperativa Habitacional Fênix e Mesbla Investimentos e Consultoria Ltda. de fachada, para dar credibilidade ao golpe. Em um dos casos, a vítima foi atraída por um anúncio nas redes sociais referente a um imóvel em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no valor de R$ 35 mil. Ao entrar em contato com o número de telefone informado no anúncio, a vítima foi orientada a comparecer em um escritório no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio, para obter mais informações sobre a possibilidade de financiamento.
Devidamente organizados em suas funções, os criminosos induziram a vítima a contratar um financiamento para a aquisição do imóvel. Acreditando na veracidade da proposta, a pessoa contratou um empréstimo no valor de R$ 35 mil, a serem pagos em 48 parcelas de R$ 600, além de R$ 1.500 referentes à taxa de admissão na cooperativa. Após realizar o pagamento e apresentar o comprovante para uma das supostas funcionárias da cooperativa, a vítima chegou a fazer uma visita ao imóvel, ocasião em que conheceu uma mulher que se apresentou como proprietária do imóvel.
A vítima somente percebeu que havia caído em um golpe após o prazo de 30 dias para a imissão de posse do imóvel.