Polícia apreende menor suspeito de ter empurrado e matado idosa em Copacabana

A Polícia Civil apreendeu, na tarde desta quarta-feira, o adolescente de 17 anos apontado como suspeito pela morte de Alair Barbosa, de 72 anos. A idosa morreu após cair e bater a cabeça durante uma tentativa de assalto na Praia de Copacabana no último domingo. Ela foi empurrada ao segurar o cordão que usava para impedir de ser levado. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realizou a prisão. O adolescente é o mesmo que foi levado para a 12ª DP (Copacabana) no dia do crime, após ser contido por pessoas que estavam na orla, mas que foi solto após as duas amigas que estavam com Alair não terem condições de fazer o reconhecimento. Um segundo envolvido, que também teria participado do crime, ainda não foi identificado pela polícia.

O mandado de internação do menor foi expedido pela juíza Vanessa de Oliveira Cavalieri, da Vara da Infância e da Juventude. Segundo o RJTV, da TV Globo, foi determinado que os policiais façam buscas na casa do adolescente e que ele seja apreendido e internado temporariamente em uma unidade de recuperação.

O adolescente prestou depoimento no domingo e foi liberado por falta de provas. Depois das investigações, ainda segundo o RJTV, a polícia então conseguiu reunir elementos que comprovassem a participação do suspeito no crime.

O rapaz ainda tem outras seis anotações criminais por crimes análogos a roubo e furto e chegou a ser apreendido no ano passado. Segundo a DHC, ele também é suspeito de participar de outro caso de roubo com agressões, realizado contra duas turistas da Eslováquia, As mulheres foram roubadas e espancadas quando também estavam na orla e assistiam ao pôr do sol.

No último domingo, Alair e duas amigas estavam na orla de Copacabana durante um passeio. O adolescente arrancou o cordão do pescoço da idosa quando as três passavam no trecho entre as ruas Hilário de Gouveia e Siqueira Campos, na altura do posto 3. A equipe da DHC, que investiga o crime, busca imagens de câmeras de segurança do calçadão de Copacabana.

Enfermeira aposentada, Alair gostava de viajar pelo mundo. Com residência no Rio, não se sentia mais segura na cidade, contou parentes da idosa.

— Ela não gostava de viver aqui, queria ir embora do Rio de Janeiro. Ela falava isso para a gente. Inclusive, a nossa promessa era que, quando a gente se aposentasse e fosse embora, a levaria conosco — conta Isabella Barbosa Meireles, uma das filhas da vítima.

A idosa deixa duas filhas, uma delas morando atualmente na Alemanha, duas netas e seis irmãos. Seu corpo será sepultado na tarde desta quarta-feira, no Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio.

‘Tinha medo de assalto’

A filha conta que a mãe tinha medo de ser assaltada e queria deixar o Rio de Janeiro por conta da insegurança:

— Ela tinha muito medo de assalto, não andava com cartão de débito na bolsa. Ela não andava, por exemplo, com o celular com o aplicativo do banco, ficava em casa. Como que ela tinha medo de roubar, ela tinha essa preocupação. Tenho, inclusive, dúvida se o cordão que ela tava usando era de ouro, porque ela não andava com joia, com nada disso.

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