Perfil oficial da PRF de Sergipe faz campanha para ‘vaquinha’ de Bolsonaro
O perfil oficial da Polícia Rodoviária Federal, em Sergipe, fez um pedido para a população contribuir a “vaquinha” do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, 29. A postagam no Instagram conta com uma chave pix e pontua o apoio da instituição ao ex-chefe de Estado brasileiro.
“A equipe da Polícia Rodoviária Federal de Sergipe decidiu colaborar com a causa do nosso ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, acreditamos que ele ainda tem sua cidadania brasileira e merece todo nosso apoio como pátria! Se você concorda, ajude-nos com pix de qualquer valor, todo dinheiro sera restituído para ele!”, afirma a publicação.
Com quase 30 mil seguidores, a página da PRF sergipana desativou os comentários da publicação. No entanto, nem o QA Code ou chave estão ativas. Ao tentar usar qualquer uma das alternativas, a plataforma Pix alerta que o “código não está ativo” e pede para entra em contato com o destinatário do pagamento. A publicação ficou ativa por quatro horas até o perfil ser desativado.

A Polícia Rodoviária Federal é uma instituição subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e responsável pela fiscalização e coordenação do sistema rodoviário federal. Como orgão oficial do governo, a PRF não tem autorização para realizar esse tipo de manifestação.
A reportagem do O DIA entrou em contato com a assessoria da PRF pedindo esclarecimentos, mas até o fechamento da matéria não recebeu repostas.
Desde a noite da última sexta-feira, 23, bolsonaristas tem incentivado campanha de “vaquinha” para levantar dinheiro para pagamento de multas judiciais, sob a justificativa de que o ex-presidente é vítima de “assédio judicial” e que precisa de ajuda para quitar “diversas multas em processos absurdos”.
Desde que retornou ao Brasil em março, após período nos EUA, Bolsonaro tem encarado a justiça para esclarecer falas durante a campanha presidencial de 2022. Nesta quinta-feira. 29, ele terá a terceira e, talvez, última sessão de um julgamento no TSE que pode torná-lo inelegível por oito anos. Bolsonaro é acusado atacar às urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores em Brasília no ano passado.