Morre Gilberto Rodriguez, ex-presidente da Alerj e do PMDB do Rio, aos 89 anos

Gilberto Rodriguez foi Vereador, vice-prefeito de Nilópolis, Presidente da Alerj e Conselheiro do extinto Conselho de Contas dos Municípios durante o governo Brizola.

Filho de espanhóis, morreu na madrugada de hoje, de falência múltipla dos órgãos,  no apartamento em que morava no condomínio Atlântico Sul,na Barra da Tijuca, o ex-deputado estadual Gilberto Rodriguez, 89 anos, que se aposentou da vida pública nos anos 90. Seu colega de partido (PMDB) desde os anos 70, o ex-deputado Délio Leal definiu Gilberto para o Nova Iguaçu Online: “Ele foi um político redondo”. Nascido em Cascadura, Gilberto foi ainda jovem para Nilópolis.

Gilberto  tratava seus adversários com respeito, admiração e uma amizade que iam além do cotidiano da política. Era comum vê-lo, às segundas-feiras, participando de animadas conversas com os integrantes das famílias Sessim e Abraão numa mesa do restaurante que juntava os  líderes políticos no centro de Nilópolis.

Elegeu-se vereador e depois vice-prefeito no início dos anos 70. Em meados desta década, conquistou seu primeiro mandato de deputado estadual. Em 1982 ele liderou a oposição ao governo Brizola na Alerj, embora a bancada do PMDB participasse do governo de coalizão com participação ativa em secretarias. Em 1986 apoiou Moreira Franco no PMDB e acabou eleito presidente da Alerj, cargo para o qual foi reeleito. Gilberto tinha excelente relação política com os deputados da oposição , com o judiciário e com empresários, particularmente com os de transportes. Ele presidiu a Alerj durante os trabalhos que resultaram na atual Constituição estadual depois da promulgação da Constituição Federal em 1988.

Durante uma viagem de Moreira Franco a Moscou, Gilberto assumiu interinamente o governo estadual. Foi como governador em exercício que ele promulgou a lei 1.640 que criou em 1989 o município de Belford Roxo, emancipado de Nova Iguaçu depois de um plebiscito.

Nomeado para o para o Conselho de Contas do Estado do Rio de Janeiro, viu o órgão ser extinto quando Brizola retornou ao governo do Rio em 1990. O Conselho de Contas acabou, mas Gilberto e os demais conselheiros ganharam na justiça o pagamento do salário mensalmente.

Gilberto deixou três filhos: Gilbertinho, Paula e Gisela. O local do sepultamento e o horário  ainda não foram definidos porque dependem da chegada dos filhos que estão nos Estados Unidos.

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