Mais dois funcionários da SuperVia são assaltados no caminho conhecido como ‘Trecho do Medo’

Dois funcionários da SuperVia foram assaltados, na manhã desta terça-feira (6), por criminosos armados com facas no trecho entre as estações da Praça da Bandeira e São Cristóvão, na Zona Norte. Uma das vítimas chegou a ser agredida por um dos suspeitos.
De acordo com a empresa, os assaltantes levaram pertences das vítimas como celulares, dinheiro, fones de ouvido e seus lanches. O crime aconteceu por volta das 7h30 e o controlador de acesso da concessionária chegou a ser agredido com tapas e socos na cara. O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão).
O translado entre as estações da Praça da Bandeira e São Cristóvão é conhecido como o “trecho do medo” pela SuperVia. Na sexta-feira passada (2), dois criminosos, armados de facões, bloquearam a linha férrea no trecho entre as duas estações e renderam o maquinista de uma composição da SuperVia que seguia de Gramacho para a Central do Brasil.
Os bandidos obrigaram o maquinista a abrir as portas da composição e também assaltaram duas passageiras. Na ocasião, a dupla levou os celulares das vítimas e fugiu. A ação levou cerca de 10 minutos, segundo a própria concessionária.
Em 16 de abril, dois técnicos de sinalização foram rendidos e assaltados por um suspeito armado com uma faca, na estação de trem de São Cristóvão. Os funcionários chegaram a ficar presos na sala de sinalização por aproximadamente três horas, até que foram resgatados, depois que pedestres ouviram pedidos de socorro vindo do local.
Números de assaltos a funcionários sobe para 20

Desde o começo do ano, 20 funcionários da SuperVia foram assaltados, contando com os dois colaboradores desta terça-feira (6). O número supera os 11 casos registrados em todo o ano passado.

Neste domingo (4), três maquinistas também foram vítimas do crime, mas desta vez na sala de tração da estação de Deodoro, Zona Oeste do Rio. De acordo com uma das vítimas, a linha férrea estava com alguns materiais de construção que impediam a passagem do trem, o que causou a interrupção do serviço, momento em que os bandidos aproveitaram para cometer o crime.
“Parti de São Cristóvão e estava descendo para Gramacho, na linha 6. Logo na curva havia objetos fechando a via. Quando é assim, a gente tem que parar o trem. Se eu fosse tentar passar, o trem poderia cair. No trilho, tinha placa de concreto e tela de ferro, então eu avisei para a cabine, informando a situação, e responderam que mandariam um apoio para mim. Nisso, os caras (bandidos) já subiram. A minha porta estava aberta, fiquei nervoso na hora. Eles me renderam e falaram ‘perdeu, perdeu’, botaram a faca no meu pescoço”, explicou.

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