Macaé: Plantio de bosque comemora Dia Nacional da Mata Atlântica
A abertura dos berços já foi feita e previsão é que até quarta-feira (29) o plantio de árvores como ingá, saboneteira, pau-ferro e quaresmeira seja concluído. As árvores foram plantadas com um recuo de cerca de 5 metros da via para não prejudicar a visibilidade dos motoristas. As árvores são de grande porte, com copas altas, apropriadas a locais onde há fluxo de veículos.
“Com toda a mudança climática que estamos passando, nossa intenção é promover mais áreas verdes no município, o que melhora o visual e o clima. A Mata Atlântica é o bioma que nos cerca. Inserindo espécies nativas, optamos por indivíduos mais adaptados ao nosso clima. A promoção de espécie nativa também propicia que a população venha conhecê-las. Além disso, as árvores atraem aves e outras espécies da fauna”, disse a coordenadora de Arborização e Paisagismo e engenheira ambiental, Fernanda Norbert.
“Nosso objetivo é recuperar a biodiversidade da flora e da fauna, o que melhora aspectos ambientais, como a regulação do clima e a amenização das ilhas de calor causadas por asfalto e construções da cidade. Fora isso, propicia o controle da poluição do ar, porque as árvores retém partículas em suas folhas e em vias de circulação intensa de veículos há uma geração de partículas muito grandes (sequestro de carbono). Essa é uma adaptação da cidade às mudanças climáticas. Uma área com espécies arbóreas plantadas possibilita a infiltração da água no solo e, por consequência, diminui as enchentes na cidade, pois o escoamento superficial causa as enchentes”, explica o engenheiro florestal, Oduvaldo Filho.
A Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade também realiza reflorestamentos. Um deles ocorre numa área de dois hectares próxima à Linha Verde. “É uma contribuição de Macaé ao bioma Mata Atlântica. Existe um esforço em nível nacional que é o Plano da Mata Atlântica”, enfatiza o engenheiro florestal, Diogo Faustini.
Alguns moradores acompanharam o plantio do bosque. “Achei o projeto muito válido, uma riqueza para a nossa cidade. Isso trará equilíbrio ecológico. Que as pessoas preservem e tenham cada vez mais consciência”, espera a moradora de Macaé há 36 anos, Patrícia Carla.
“Aqui, que é muito aberto, ficará mais fresco, com sobras. Este projeto agrega valor à cidade. Que ele continue”, completa a macaense Marcela Nogueira.