Investigada por ligação com Zinho, deputada Lucinha começa a ter futuro discutido pela Alerj nesta sexta-feira
O futuro da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros (PSD), a Lucinha, de 63 anos, começou a ser discutido na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta sexta-feira. Uma sessão sigilosa aconteceu no 18° andar da Assembleia Legislativa do Rio, com membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Na ocasião, o deputado Rodrigo Amorim foi nomeado relator do caso por indicação própria. O parlamentar é rival político da deputada — que foi suspensa da Alerj pela Justiça em dezembro— e também do prefeito Eduardo Paes (PSD), com quem a parlamentar tem uma longa relação de confiança e aliança política. Lucinha foi alvo de busca e apreensão em uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio (MPRJ), em 18 de dezembro, durante a investigação que revelou supostas ligações dela com milicianos da quadrilha de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Em clima de tensão e desconforto por parte dos membros, o presidente da CCJ, Rodrigo Amorim, atualmente no Partido Liberal, o vice-presidente Dr. Serginho (PL), o deputado membro da Comissão de Ética Felipinho Ravis, do Solidariedade, deram início à reunião, que durou pouco mais de uma hora e 40 minutos. Os deputados Guilherme Delaroli (PL), Vinicius Cozzolino (PDT), Verônica Lima (PT), efetivos da CCJ, e os suplentes, Carlinho BNH, Luiz Paulo (PSD), Carlos Minc (PSB) e Alan Lopes (PL) estavam presentes. Apenas os deputados Flávio Serafini do PSOL, Célia Jordão (PL), Rosenverg Reis (MDB) faltaram à sessão. Já Fred Pacheco (PMN) se ausentou por questões de saúde.
Rodrigo Amorim foi designado relator por indicação própria, no entanto, ninguém se opôs à sua autoindicação. No início, o deputado Luiz Paulo, do mesmo partido de Paes, era esperado para assumir a função durante a comissão na CCJ. Mas, o parlamentar teria declinado do pedido “para não causar mal-estar entre os colegas, por ser suplente e amigo de partido da deputada”. Durante a sessão, os parlamentares se limitaram a falar sobre a questão tratada “como altamente sigilosa”. Apenas os membros da CCJ tiveram acesso aos altos do documento da investigação.