Homem profere ofensas racistas em plataforma de trem de Deodoro

Um homem branco foi filmado proferindo um discurso racista na plataforma de trem de Deodoro, na Zona Oeste do Rio, na tarde de terça-feira (3). No vídeo que circula em redes sociais, ele esbraveja com sotaque estrangeiro, “Negro de m***. Tem que ficar escravo por toda sua vida”.

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) teve acesso às imagens e afirmou que vai levar o caso à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Caso o homem seja condenado por racismo e seja estrangeiro, ele pode ser expulso do país.
A SuperVia afirmou em nota que não compactua com nenhum tipo de discriminação e repudia veementemente as falas ditas pelo homem. A concessionária disse que vai tomar as medidas cabíveis perante as autoridades competentes. Por fim, a empresa esclareceu que em situações como essa, todos os colaboradores da SuperVia são orientados a registrar o caso para apuração interna e posterior registro perante os órgãos responsáveis.
No vídeo, o homem de camisa amarela aparece se dirigindo a uma mulher negra, que seria sua namorada. Uma testemunha afirmou que a motivação do crime foi o fato de um homem negro ter supostamente esbarrado no autor das ofensas. Ela acrescenta que alertou um policial, que, por sua vez, lamentou que não saberia como agir já que a vítima não estava mais no local.
A Polícia Militar não retornou à reportagem até a última atualização desse texto.
“Esse novo benefício de caráter indenizatório vai poder propiciar um futuro melhor a tantos jovens que, desde cedo, enfrentam a tragédia de perderem suas mães vítimas do hediondo crime de feminicídio”, projeta Juliana.
O caso de racismo soma-se a outros recentes no Grande Rio. No final de setembro, a Polícia Civil abriu investigação sobre uma denúncia de racismo contra uma jovem dentro do Colégio Estadual Vila Bela, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Julyene Vitória dos Santos, de 18 anos, disse que um funcionário fez comentários ofensivos sobre o seu cabelo.
Atá a rainha de bateria da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, Maria Mariá, de 21 anos, foi alvo de comentários racistas e misóginos em um vídeo onde ela aparece sambando na semifinal de samba-enredo para o Carnaval 2024, no último dia 24. Nas mensagens, perfis fizeram comentários de forma pejorativa sobre o cabelo trançado de Maria Mariá e também dispararam mensagens agressivas contra a mesma.
Em outro caso recente, a Justiça do Rio tornou réu o coronel da reserva do Exército e diretor de transportes do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Herácles Zillo, por ter feito comentários preconceituosos a outro servidor durante o expediente de trabalho.

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