Família de morto por bala perdida em ônibus na Avenida Brasil busca recursos para o sepultamento

Além da perda de um ente querido, família de Alessandro Adão, de 43 anos, morto por uma bala perdida dentro de um ônibus na Avenida Brasil, na sexta-feira (3), vive um outro drama: não tem recursos para arcar com as despesas do sepultamento. O corpo de Alessandro ainda está no IML do Santo Cristo, na Zona Portuária do Rio.

A polícia também tenta descobrir de onde partiu o tiro que matou um passageiro de ônibus durante um confronto entre policiais e criminosos, na Avenida Brasil, na altura do Complexo da Maré, na Zona Norte. Adão, foi atingido por um tiro de fuzil nas costas, quando voltava do trabalho para casa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na sexta-feira.

Funcionário de uma empresa de refrigeração no Centro do Rio, Adão, que era filho único, deixa duas filhas, uma de 5 e outra de 13 anos. A mãe dele, Lúcia de Fátima Silva, disse que a família está tentando mobilizar as pessoas para dar um enterro digno ao corpo do filho.

“Estamos tentando ver com a empresa onde ele trabalhou, que vai ajudar a fazer o enterro do meu filho. A gente está tentando ver se faz o mais rápido possível para acabar logo com isso, com essa tristeza. Está muito difícil”, disse Lúcia.

Desesperada, a Lúcia acusa os policiais pela morte do filho.

“Meu filho foi morto no ônibus, no meio do tiroteio, os policiais foram para cima do meu filho. Alvejou meu filho dentro do ônibus e deixou o meu filho caído lá. Eu estava esperando ele voltar do trabalho, com a janta pronta e ele não apareceu. Fiquei a noite toda esperando e ele não aparecia. Quando chegou de manhã, nada do meu filho aparecer, aí pedi socorro para o meu sobrinho. E meu sobrinho me deu a notícia que ele tinha morrido. Aí, para mim, acabou a minha vida, acabou tudo, meu chão abriu e eu entrei nele. Estou arrasada com tudo isso”, disse a mãe de Adão.

De acordo com a Polícia Militar, os agentes faziam um patrulhamento na Avenida Brasil, quando se depararam com criminosos. Houve troca de tiros. Além de Alessandro Adão, um suspeito também foi baleado e levado para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas já chegou morto. Com o suspeito, a polícia apreendeu um revólver.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. Os PMs entregaram suas armas para o exame de balística e testemunhas já prestaram depoimento.

A Viação Trel, responsável pelo ônibus onde Adão foi atingido disse que está acompanhando o caso e se colocou à disposição da autoridades para colaborar com as investigações.

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