23 de abril de 2025

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Falta de luz em Niterói e São Gonçalo entra no 5º dia; lojista deixa caminhão frigorífico ligado por 48 horas para não perder congelados

As prefeituras de Niterói e de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estimam que 31 mil residências e comércios ainda estão sem luz desde a tempestade do último sábado (18). Esta quarta-feira (22) é o 5º dia sem energia para esses clientes da Enel.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou, nesta terça-feira (21), uma ação civil pública com tutela de urgência para que a Enel restabeleça, imediatamente, a luz de todos os moradores de Niterói, sob pena de multa de R$ 50 mil por cada consumidor lesado. Até a última atualização desta reportagem, a Justiça não tinha se manifestado.

A Prefeitura de Niterói afirmou que são aproximadamente 2 mil endereços sem energia elétrica. Pelo menos 2 escolas seguem afetadas e não abririam nesta quarta.

Na Central de Abastecimento de Niterói, no Barreto, a luz voltou, mas comerciantes ainda contabilizavam prejuízos.

Cícero Fernandes da Nóbrega, gerente de um dos mercados, contou que deixou seu caminhão frigorífico ligado desde segunda-feira (20) para tentar não perder alimentos congelados.

“Tivemos que tirar toda a nossa mercadoria refrigerada para armazenar no nosso caminhão. Eu não sei até agora se manteve a temperatura, porque é -20°C, mas, com o calor que estava, ainda precisamos avaliar se houve alguma perda”, disse Cícero.

Na tarde desta terça, moradores da Rua Benjamin Constant, no Barreto, fizeram manifestação na via por conta da falta de luz. A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal foram acionadas. Na parte da noite, um novo protesto aconteceu no Largo da Batalha.

São Gonçalo

Segundo a prefeitura, até as 18h desta terça aproximadamente 29 mil domicílios estavam sem energia.

São pelo menos 8 escolas municipais e 3 unidades de saúde sem luz.

MPRJ entra com ação

Na ação ajuizada nesta terça-feira, a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte do Núcleo Niterói do MPRJ argumentou que a concessionária não se preparou corretamente para o evento climático previsto pela Defesa Civil Municipal.

“O que se viu não foram tufões, furacões, tornados ou ciclones, apenas chuva e vento forte decorrentes da mudança climática, do forte calor para uma frente fria passando pelo oceano, como ocorre sempre no nosso clima tropical. Como é de conhecimento público, a rede elétrica é aérea, logo, ventos fortes, árvores não podadas e equipamentos malcuidados, obsoletos, causam estouros dos transformadores e consequente falta de energia, o que vem sendo recorrente”, detalha um dos trechos da ação.

Além da retomada imediata da energia, o MPRJ também pediu ao Judiciário que a Enel aumente o número de equipes de emergência de atendimento, apresente um plano de contingência no prazo de 15 dias úteis, para o período de verão, e realize a manutenção nos transformadores do município, além das podas de árvores para evitar quedas frequentes de energia elétrica em caso de rajadas de ventos

A ação também pede que a concessionária pague uma multa por danos morais coletivos e apresente a relação de todos os protocolos abertos no dia 18, com a respectiva data de encerramento e atendimento.

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