Com Flamengo em transformação, Pedro refirma protagonismo sobre Gabigol

Na estreia de Sampaoli, Pedro manteve a boa fase, enquanto Gabigol amargou mais uma partida ruim pelo Flamengo. No recorte dos últimos dois anos, o novo camisa nove tem tido mais destaque no duelo particular pelo protagonismo.

Além de ter sido convocado para a Copa do Mundo, Pedro terminou a última temporada com os mesmos 29 gols de Gabigol —com menos jogos disputados. Este ano, já tem quase o dobro — 17 contra 10. São 20 participações em gols de Pedro. Gabigol tem 11.

É uma alternância que não acontecia desde 2020, quando Pedro chegou com o Flamengo campeão da Libertadores, Gabi artilheiro da temporada, e ídolo incontestável. Atualmente, essa idolatria é dividida.

Por isso, o técnico Jorge Sampaoli indicou uma maneira de aproveitar a dupla ao mesmo tempo, ainda que o entrosamento entre eles não viva o melhor momento. Não é segredo para ninguém que a relação entre Pedro e Gabigol é estritamente profissional.

Nos últimos dias, ainda sob o comando de Vítor Pereira, a disputa pela titularidade ficou escrachada. Após o português barrar o camisa 10, Gabi reclamou. Quando Pedro foi para o banco, após a demissão do técnico, fez o mesmo.

Com a chegada de Sampaoli, o camisa nove voltou ao time ao lado de Gabi e resolveu a partida contra o Ñublense. No primeiro gol de Pedro, Gabigol não comemorou junto e foi até o banco de reservas. A partida levou Pedro a ultrapassar Zico e Bruno Henrique como o segundo maior artilheiro do Flamengo na história da Libertadores, com 18 gols, apenas atrás de Gabigol, que tem 28.

Em campo, os dois jogadores tentaram jogar para a equipe e entre si, mas o desempenho individual de Pedro foi bem superior. Além dos dois gols e quatro finalizações certas no gol, deu três passes importantes para finalização.

Gabi, por sua vez, errou quatro das cinco finalizações, deu só um passe para finalização e defensivamente compensou um pouco com dois desarmes certos. Ainda assim, carece de intensidade para desenvolver seu melhor futebol. Característica que Pedro também não tem e compensa com técnica.

Os dois jogadores aparecem nos mapas de calor percorrendo vários espaços do campo, mas Pedro foi novamente a referência. Acertou quando esteve mais parado ou em movimento. Gabi, que caiu pelos lados e recuou para ter a bola, errou muito mais com ela nos pés, e saiu de campo cabisbaixo, com dores nas costas. Nesta quinta, voltou a treinar, e mantém viva a disputa que, por enquanto, tem feito bem ao Flamengo.

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