Carro avança sobre ponto de ônibus em Jerusalém e mata 2; Israel vê terrorismo
Um carro que avançou sobre um ponto de ônibus nos arredores de Jerusalém nesta sexta-feira (10) matou duas pessoas, incluindo um menino de seis anos de idade. O premiê Binyamin Netanyahu chamou o episódio de terrorismo e ordenou a prisão de pessoas próximas do suspeito, morto na cena do crime.
O episódio se dá em meio a uma piora das tensões entre Israel e Palestina, depois do assassinato de sete pessoas em frente a uma sinagoga no mês passado. Antes, ao menos dez palestinos foram mortos em um dia de ações do Exército de Israel, hoje liderado pela coalizão política mais à direita que o país já viu.
Ariel Ben-David, médico voluntário do serviço de ambulâncias Hatzalah Unida, afirmou que os atingidos estavam muito feridos. Vídeos que circulam mostram um veículo azul atingindo um poste em frente a um ponto de ônibus na área de Ramot Alon, parte de Jerusalém anexada por Israel após a guerra de 1967.
A polícia disse que o motorista foi “neutralizado”, mas não há confirmação, até agora, se ele foi morto. Um homem que presenciou o ataque disse à emissora israelense Canal 12 que um civil armado atirou no suspeito antes de a polícia chegar. Jornais, como o Times of Israel, afirmam que o agressor foi morto.
O ministro da Segurança Itamar Ben-Gvir, responsável pelas forças policiais da região, visitou o local.
As forças israelenses prenderam centenas de pessoas nos últimos meses, em incursões quase diárias na Cisjordânia ocupada. As operações no território geraram trocas de tiro que deixaram mortos e feridos. Mais de 35 palestinos, incluindo pessoas armadas e civis, foram mortos só neste ano.
Um porta-voz do Hamas, grupo islâmico que comanda a Faixa de Gaza, disse que o ataque desta sexta foi uma “operação heroica”, mas não assumiu a autoria.