Cabral: rotina de transferências e mordomias nos seis anos de prisão

Nos seis anos em que esteve preso, Sérgio Cabral Filho foi suspeito, em mais de uma ocasião, de desfrutar de mordomias vedadas aos demais internos do sistema carcerário. No episódio mais recente, em março de 2022, durante inspeção realizada no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, as autoridades encontraram desde toalhas gravadas com o nome do ex-governador até talheres de inox, uma prateleira com fundo falso para esconder celulares, chuveiros com um sistema próprio de aquecimento e uma lista contendo itens de um verdadeiro banquete de comida árabe. A fiscalização encontrou ainda placas de isopor instaladas no teto, para diminuir o calor, e piso emborrachado.

Em nota divulgada à época, a defesa de Sérgio Cabral alegou não ter sido encontrada qualquer irregularidade na cela dele e que nenhum dos objetos apreendidos nas áreas comuns estava relacionado ao ex-governador.

Após a vistoria, a Justiça determinou a transferência de Cabral para a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, presídio de segurança máxima conhecido como Bangu 1. As transferências, por sinal, foram frequentes no período em que o político passou na prisão. Foram seis unidades prisionais diferentes, no Rio, em Niterói e em Pinhais, no Paraná.

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