Bombeiro condenado por tentar matar atendente do McDonald’s após discussão é expulso da corporação

O bombeiro Paulo César Albuquerque, condenado por tentar matar um atendente do McDonald’s após uma discussão, foi expulso da corporação. A decisão do Conselho de Disciplina foi publicada no boletim interno do Corpo de Bombeiros da última quarta-feira (16).

O caso aconteceu em maio de 2022. Segundo as investigações, o bombeiro atirou contra o atendente Matheus Domingos Carvalho após uma discussão motivada por um cupom de desconto de R$ 4.

Em julho do ano passado, Paulo foi condenado por tentativa de homicídio, com pena de 12 anos de prisão em regime fechado. O bombeiro também foi condenado a pagar uma indenização de R$ 100 mil à vítima por danos morais.

“O decoro e a disciplina da classe não podem suportar a conduta perpetrada por Paulo, impondo a sua exclusão a bem da disciplina”, diz a decisão.

 

Relembre o caso

O caso aconteceu na unidade do McDonald’s da Taquara, na Zona Oeste do Rio. O desentendimento entre o bombeiro e o atendente começou após Paulo César exigir de Matheus um desconto de R$ 4 em seu pedido.

Segundo a vítima e outras testemunhas, o cliente estava no drive-thru da loja e queria adicionar um cupom promocional depois que o pedido já tinha sido fechado. Matheus teria informado que não seria possível.

Em seguida, Paulo César se irritou, quebrou a proteção de acrílico e deu um soco em Matheus, que revidou a agressão.

Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento registram o momento em que o sargento entrou na loja com uma arma na mão.

Segundo testemunhas, Paulo entrou até a área de trabalho da lanchonete e atirou contra o atendente. Após isso, o bombeiro deixou o local, e Matheus caiu no chão, sendo amparado por um colega.

Sequelas

A bala atingiu o rim esquerdo e o intestino grosso de Matheus, que sobreviveu, mas precisou passar por cirurgias. Ele ainda sofre com as sequelas do tiro.

Após ser baleado, Matheus ficou 10 internado, quando passou pela primeira cirurgia e perdeu o rim esquerdo.

Dois meses após o crime, o trabalhador passou por uma nova cirurgia, dessa vez com o objetivo de retirar a bala que ainda estava em seu corpo e reverter o procedimento de colostomia.

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