29 de outubro de 2025
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Belford Roxo: Comissão de Igualdade Racial e Intolerância Religiosa da OAB promove o 1º Seminário de Combate ao Racismo Religioso

Representantes religiosos participaram do 1º seminário de Combate ao Racismo Religioso, organizado pela Comissão de Igualdade Racial e Intolerância Religiosa – OAB Belford Roxo, presidida por Cristiane Santos. O evento foi mediado pela Professora Thatiana Barbosa, mestra em Educação e Especialista em Educação para Relações Étnico-Raciais.

Thatiana Barbosa iniciou o debate perguntando o que é Racismo Religioso e quais ações um líder religioso toma para instruir seus fiéis a não praticá-lo. “Não podemos aceitar qualquer tipo de racismo como algo normal. O Brasil mudou, o mundo mudou e temos leis para enfrentar essa questão”, destacou Thatiana.

Letramento racial

Representante da Umbanda, Mãe Lisete enfatizou que não há como falar sobre racismo religioso sem abordar a temática do letramento racial. “Precisamos montar estratégias dentro da religião com cursos para aprimorarmos nossos conhecimentos”, finalizou Mãe Lisete, observada por Je Dogun. “A lei 10.39 foi aprovada em 2023 e, 22 anos depois, não há uma implementação consistente”, completou Thatiana Barbosa. A lei em questão torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e privadas.

Reconhecimento de culpa

Em seu discurso, o padre Márcio João Rodrigues lembrou que a igreja tem a pastoral afro e citou a história de Nossa Senhora da Boa Morte, que foi adotada pelos povo afro-brasileiros, que acreditavam na libertação da escravidão, transformando a fé em um símbolo de resistência e luta pela liberdade.  “É preciso reconhecer a culpa e recalcular a rota”, resumiu o padre. O pastor Carlos Alberto dos Santos Correa completou: “As pessoas praticam intolerância religiosa por acreditarem que a sua religião é a melhor do que a outra”, salientou, ao lado do bacharel Sérgio Bastos Brasil, do professor Sidney Oliveira e de Cleuci Silva, representante do budismo.

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