Após tensão na Penha, policiais realizam operações em pontos das zonas Norte e Oeste

Após a operação que deixou ao menos 10 mortos no Complexo da Penha, policiais voltam a realizar, na manhã desta quinta-feira (3), ações em comunidades das zonas Norte e Oeste do Rio. Segundo a Polícia Militar (PM), até o momento, não há informações sobre prisões, apreensões ou confrontos.
Na Zona Norte, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) atua no Complexo de Manguinhos e nas comunidades do Mandela e Arará. Já no Morro do Dendê, uma ação conjunta entre três batalhões da PM tem o objetivo, segundo a corporação, de reprimir o crime organizado, prender foragidos e localizar responsáveis por roubos de veículos e cargas. Os policiais do 9° BPM estão na Comunidade Primavera. Até o momento, não há registro de prisões, apreensões ou confrontos.

Já na Zona Oeste, os militares do 14° BPM realizam uma operação nas comunidades Santo André, Sapo e 48. Nestas, também não há saldo divulgado pela polícia até o momento.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), na Comunidade do Sapo, uma escola foi impactada e 216 alunos ficaram sem aula. Já no Santo André, três colégios ficaram fechados e 956 jovem foram afetados. Ainda de acordo com a SME, no Morro do Arará, uma unidade foi impactada, afetando 110 alunos.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que na região de Bangu, a Clínica da Família Sandra Regina e o Centro Municipal Silvio Barbosa suspenderam o funcionamento em decorrência das operações na região.

Tensão no Complexo da Penha
Uma operação no Complexo da Penha, na Zona Norte, deixou ao menos dez mortos e cinco feridos, entre eles dois policiais militares, nesta quarta-feira (2). O Comando de Operações Especiais (COE), da PM, e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, atuaram na região desde o início da manhã e houve registros de confrontos na Vila Cruzeiro e nos Morros da Caixa D’água e do Sereno.
Segundo a PM, dois agentes ficaram feridos, foram socorridos e encaminhados ao Hospital Central da Polícia Militar. Os militares receberam alta nesta quinta-feira (3). Durante a operação, dois criminosos, identificados como Carlos Alberto Marques Toledo, o Fiel da Penha, e Claudio Henrique da Silva Brandão, o Do Leme, foram baleados e morreram. Segundo a corporação, eles eram lideranças do Comando Vermelho nas comunidades do Juramento e da Chatuba, respectivamente, e estavam foragidos.

Moradores afirmaram que helicópteros sobrevoaram a região desde às 3h da manhã, com voos rasantes, e que criminosos soltaram fogos para alertar a chegada de policiais e atearam fogo em barricadas. Na Rua Nossa Senhora da Penha, no Parque Proletário, diversas lixeiras foram incendiadas pelos bandidos para atrapalhar o avanço das equipes.

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