Após arquivamento de caso, Klara Castanho se manifesta e diz que tomou medidas judiciais
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou a investigação aberta sobre o caso Klara Castanho. Em nota, o órgão afirmou que “não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes”. A atriz de 21 anos se manifestou, nesta sexta-feira (6), sobre a decisão e ressaltou que tomou as medidas judiciais necessárias para que os envolvidos no caso sejam responsabilizados.
Em junho de 2022, Klara revelou que foi abordada por uma enfermeira, na sala de cirurgia de um hospital, ameaçando vazar a informação de que ela havia tido um filho, após ser vítima de um estupro, e encaminhado o bebê para a adoção. A atriz leva a acusação adiante e espera que as investigações sejam prosseguidas.
“Todas as medidas judiciais fundamentais foram tomadas pela equipe jurídica da atriz, para que os envolvidos sejam investigados e respondam por seus atos”, responde a assessoria da artista, ao GLOBO. “As investigações estão em andamento protegidos pelo necessário segredo de Justiça. A atriz aguarda confiante na atuação da polícia e da Justiça, para que os fatos sejam esclarecidos”, acrescentam os representantes da atriz.
O Coren-SP apurava a denúncia feita pela atriz de que uma enfermeira do Hospital Brasil a teria abordado e feito uma ameaça: divulgar para a imprensa que Klara havia entregado para adoção um bebê fruto de um estupro. De acordo com o Conselho, a apuração foi feita com base em informações postadas pela atriz em suas redes sociais.
“O Coren-SP seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, colhendo depoimentos, porém as provas analisadas não comprovaram a participação da enfermagem no vazamento das informações. A atriz foi procurada através de sua assessoria para apresentação de sua versão dos fatos, porém não se manifestou”, afirmou o órgão.
A nota do Coren-SP
Em relação ao caso que envolve a atriz Klara Castanho, sobre possível vazamento de informações sigilosas num hospital no estado de São Paulo, o Coren-SP esclarece que instaurou sindicância para investigação, logo após o fato ser noticiado pela mídia, prezando pelos princípios da ética e da segurança na assistência prestada pela enfermagem, para apuração de suposto envolvimento de profissionais. A seguir, leia a nota do órgão.
“O Coren-SP seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, colhendo depoimentos, porém as provas analisadas não comprovaram a participação da enfermagem no vazamento das informações. A atriz foi procurada através de sua assessoria para apresentação de sua versão dos fatos, porém não se manifestou.
O fato de o processo ter sido arquivado por ausência de provas comprobatórias do envolvimento da enfermagem não significa que o Coren-SP afirme categoricamente que ele não ocorreu. Por isso, permanece à disposição da atriz, caso seja de seu interesse prestar diretamente ao conselho informações que possam complementar as investigações realizadas até o momento.
Destacamos que foram respeitados todos os ritos processuais e que, em todo o processo de investigação que preze pela imparcialidade, são necessárias provas que comprovem as infrações e garantia do amplo direito de defesa. Esses são os princípios que regem a Constituição brasileira e o Código de Processo Ético dos Profissionais de Enfermagem.
O Coren-SP reitera sua solidariedade e disponibilidade à atriz e o seu compromisso com a fiscalização séria do exercício profissional da enfermagem, em defesa irrestrita da ética, contra qualquer tipo de impunidade ou dano à sociedade, pautado, sempre, pelos princípios constitucionais”.