9 de dezembro de 2025
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Alckmin diz acreditar que taxa de juros começará a cair na próxima reunião do Copom

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento também afirmou que as próximas etapas na negociação com EUA devem ser positivas

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a redução da taxa básica de juros, a Selic, deve vir em breve, mas salientou que o governo Lula também precisa fazer um esforço fiscal maior. Ele concedeu entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, no programa ReConversa, transmitido pelo YouTube.

“Eu estou confiante na questão dos juros, porque a indústria é a mais afetada pela taxa de juros muito alta. (…) Acredito que vai começar a cair a taxa de juros se não agora, na próxima reunião”, disse, fazendo referência à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que ocorre nesta quarta-feira. Ele justificou que o dólar caiu e o clima e a “supersafra” deste ano favoreceram o recuo no preço dos alimentos. “Os juros caindo, a economia floresce mais rápido”, completou.

Em seguida, ele destacou os dados de desemprego e de inflação no País. “Nós estamos num momento importante, porque quando a inflação está baixa, o desemprego está alto; quando o desemprego está baixo, a inflação está alta. Nós estamos neste momento com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”.

Ele ponderou: “Claro que a gente não deve ficar em berço esplêndido, não. Nós temos que fazer um esforço fiscal maior, a questão das despesas, mas eu diria que o cenário é um cenário positivo”.

Por fim, ele afirmou que “muita gente” que critica a questão fiscal do atual governo não vê os déficits feitos pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL). “O governo do nosso Paulo Guedes, o ‘Chicago boy’, conseguiu fazer um déficit de 9,7% [do PIB]”, criticou. “Nós temos que começar a fazer superávit agora, para estancar o crescimento da dívida e depois ela começar a cair”.

Tarifas
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento também disse acreditar que as reduções das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros vão ser feitas “passo a passo”. Ele destacou que o total de bens ainda afetados pelo tarifaço caiu de 36% para 22%.
“Essas coisas não dependem de nós. Se dependesse de nós, era 100% para resolver. Eu acredito que vai passo a passo”, declarou.
“Eles [americanos] estão tirando [tarifas] em etapas. Eu diria que as próximas etapas vão ser positivas”, completou.

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