PF faz operação contra armazenamento e compartilhamento de arquivos de violência sexual infantil
Ação cumpriu um mandado de busca e apreensão em Nova Iguaçu
A Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira (23), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a Operação Olho de Hórus XIII, com o objetivo de combater o armazenamento e compartilhamento arquivos com cenas de violência sexual infantil na internet.
Durante a ação, agentes da Delegacia de
Polícia Federal em Nova Iguaçu (DPF/NIG) cumpriram um mandado de busca e apreensão no município. O aparelho celular do investigado foi apreendido e será submetido à perícia técnica criminal.
As investigações foram iniciadas em 2020, depois que rondas virtuais identificarem o tráfego dos arquivos por meio de contas de aplicativos e de mensagens do investigado. O suspeito, de 26 anos, que não teve a identidade revelada, vai responder pelos crimes de armazenamento e compartilhamento de mídias que contêm cenas de abuso sexual infantojuvenil.
O nome da operação faz referência ao Olho de Hórus, símbolo egípcio que representa poder e proteção. Seu sentido também está atrelado à onisciência, ou seja, o conhecimento sobre todas as coisas, sendo considerado como “o olho que tudo vê”.
Embora o termo “pornografia” ainda seja utilizado na legislação brasileira para definir “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”, a comunidade internacional entende que o melhor nessas situações é referir-se a crimes de “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou mesmo “violência sexual de crianças e adolescentes”, pois a nomenclatura ajuda a dar dimensão da violência inflingida nas vítimas desses crimes devastadores.
A Polícia Federal ainda alerta aos pais e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar os filhos no mundo virtual e físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais.
“Conversar abertamente sobre os perigos do mundo virtual, explicar como utilizar redes sociais, jogos e aplicativos de forma segura e acompanhar de perto as atividades online dos jovens são medidas essenciais de proteção. Estar atento a mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou segredo em relação ao uso do celular e do computador, pode ajudar a identificar situações de risco”, diz a PF, que segue.
“É igualmente importante ensinar às crianças e adolescentes como agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais, reforçando que podem e devem procurar ajuda. A prevenção é a maneira mais eficaz de garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes, e a informação continua sendo um instrumento capaz de salvar vidas”, afirma.

