25 de novembro de 2025
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Arrecadação de receitas federais alcança R$ 261,908 bilhões em outubro, informa a Receita

Dados divulgados nesta segunda-feira, 24/11, mostram que o recolhimento nos dez primeiros meses de 2025 chegou a R$ 2,367 trilhões

A arrecadação total das receitas federais alcançou R$ 261,908 bilhões em outubro, alta real (já descontada a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo — IPCA) de 0,92% sobre o resultado de igual período de 2025 (R$ 247,920 bilhões). Em termos nominais, houve crescimento de 5,64%.

No acumulado dos dez primeiros meses de 2025, a arrecadação federal somou R$ 2,367 trilhões, elevação de 3,20% em termos reais na comparação com igual período de 2024 (R$ 2,182 trilhões). Em termos nominais, o resultado acumulado entre janeiro e outubro deste ano foi 8,49% superior ao de igual período de 2024.

Os valores arrecadados representam o melhor desempenho arrecadatório apurados desde 1995, tanto para meses de outubro quanto em relação ao acumulado dos primeiros dez meses do ano.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira-feira (24/11) pela Receita Federal do Brasil (RFB) em entrevista coletiva realizada na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.

Os dados foram apresentados e detalhados pelo chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros (Cetad) da RFB, Claudemir Malaquias; e pelo coordenador de Previsão e Análise da Receita Federal, Marcelo Gomide, auditores-fiscais da Receita Federal. A entrevista foi presencial e contou com transmissão ao vivo, pelo canal do Ministério da Fazenda no YouTube.

Confira o material com os dados da arrecadação federal de outubro de 2025 

 “Temos uma trajetória de crescimento da arrecadação desde o início deste ano”, destacou Malaquias. Marcelo Gomide apontou que o destaque em outubro foi a elevação de 5,54% no recolhimento de IRPJ /CSLL [Imposto de Renda da Pessoa Jurídica / Contribuição Social sobre o Lucro Líquido], em comparação com o resultado de igual mês do ano passado Já a Receita Previdenciária subiu 2,90%.

A Receita informou que a base de comparação de outubro foi influenciada por eventos não recorrentes ou alterações de legislação que ocorreram em 2024, sem contrapartida em 2025. Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 4,84% na arrecadação do período acumulado de janeiro a outubro.

Fatores

Na comparação entre outubro deste ano com igual período de 2024, há uma série de destaques que explicam o desempenho da arrecadação no mês passado, a começar pelo comportamento dos principais indicadores macroeconômicos.

A produção industrial de setembro deste ano subiu 1,46% na comparação com igual mês de 2024 e a venda de bens registrou alta de 1,14%. A venda de serviços subiu 4,10% e a massa salarial foi ampliada em 8,47%. “O comportamento da massa salarial impacta consideravelmente a contribuição previdenciária e do Imposto de Renda Retido na Fonte”, ressaltou o coordenador de Previsão e Análise da Receita.

“Há uma adesão ao desempenho da administração tributária, arrecadando tributos em linha com os indicadores macroeconômicos”, comentou Malaquias. Ele reforçou que o comportamento dos indicadores macroeconômicos no período entre janeiro ou outubro todos são positivos (exceto os de varejo e de consumo, com ligeiros decréscimos).

Além do comportamento dos indicadores macroeconômicos e do desempenho do IRPJ/CLLL, outros fatores também marcaram o resultado da arrecadação de outubro de 2025, aponta a Receita. Houve alta no recolhimento de IOF [Imposto sobre Operações Financeiras], em razão de alteração na legislação do tributo por meio do Decreto nº 12.499/2025. O IOF, no mês passado, arrecadou R$ 8,138 bilhões, alta real de 38,8% em relação a outubro de 2024 (R$ 5,863 bilhões).

Outro ponto de impacto sobre o resultado do mês passado foi o crescimento da arrecadação do IRRF [Imposto de Renda Retido na Fonte] incidente nos rendimentos do Capital em razão, especialmente, dos crescimentos observados na arrecadação incidente sobre títulos e fundos de renda fixa e na arrecadação de Juros Remuneratórios sobre o Capital Próprio (JCP). O IRRF-Rendimentos de Capital registrou arrecadação de R$ 11,574 bilhões em outubro deste ano, alta de 28,01% na comparação com igual mês de 2024 (R$ 9,041 bilhões).

A Receita Federal também apresentou o recorte da arrecadação por divisões econômicas (exceto Receitas Previdenciárias). Nessa base de análise, destaque para o recolhimento de impostos oriundo do segmento de “atividades de exploração de jogos de azar e apostas”, que registrou arrecadação de R$ 1,093 bilhão no mês passado, ante R$ 11 milhões em outubro de 2024. “Isso por conta da regulamentação que começou a vigorar este ano”, explicou Claudemir Malaquias.

Receitas Administradas

Considerando dados referentes exclusivamente à arrecadação de receitas administradas pela Receita Federal, o recolhimento de outubro somou R$ 246,951 bilhões. Isso significa altas de 4,74%, em termos reais, e de 9,64%, em termos nominais, sobre o resultado de igual mês de 2024 (R$ 225,233 bilhões).

No acumulado dos dez primeiros meses do ano, as receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 2,263 trilhões, representando elevações de 4,17%, em termos reais, e de 9,51%, em termos nominais, sobre o valor registrado no mesmo período de 2024 (R$ 2,067 trilhão).

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