Youtuber ‘Capitão Hunter’ tem prisão temporária decretada por estupro de vulnerável
A Justiça decretou nesta quinta-feira (23) a prisão temporária do youtuber João Paulo Manoel, de 45 anos, conhecido como ‘Capitão Hunter’. O influenciador é investigado pelo crime de estupro de vulnerável e produção de cenas pornográficas com uma criança, em processo conduzido pela 5ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.
O pedido de prisão do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) foi acolhido pela 1ª Vara Especializada de Crimes Contra a Criança e o Adolescente da Capital.
De acordo com a investigação, a mãe de uma menina de 13 anos procurou, em setembro deste ano, a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Decav) para denunciar que o youtuber, em conversas travadas com a criança pelas redes sociais, fez pedidos de cunho sexual à vítima.
Quem é Capitão Hunter?
João Paulo Manoel foi preso nesta quarta-feira (22), em São Paulo, sob suspeita de estupro de vulnerável e produção de pornografia infantil. A detenção foi realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio da corporação paulista, após investigações que apuram a exploração sexual de menores com quem o youtuber mantinha contato.
Capitão Hunter construiu sua popularidade no universo gamer e infantojuvenil, especialmente entre fãs de franquias como Pokémon e Minecraft. Seu canal no YouTube, que somava mais de 729 mil inscritos – mais de 165 milhões de visualizações acumuladas em mais de 2.000 vídeos – , exibia vídeos de unboxings, dicas de jogos, brincadeiras com crianças e transmissões ao vivo voltadas ao público infantil.
Ele também é presente no TikTok (115 mil seguidores) e Instagram (70 mil seguidores). A imagem de “amigo das crianças” o levou a participar de eventos de cultura pop, feiras de games e campanhas promocionais de brinquedos e produtos licenciados.
De acordo com as investigações, uma das vítimas é uma menina, de 13 anos, que mora no Rio. Os dois se conheceram em um evento em um shopping center na Zona Norte do Rio, em 2023, quando a vítima tinha 11 anos. Depois disso, eles passaram a ter contato por meio de redes sociais.
A menina relatou que João Paulo passou a pedir conteúdos de cunho sexual, como fotos íntimas, em troca de cartas ou bonecos de pelúcia. Ele também enviou diversas fotos inapropriadas para a menina.