23 de dezembro de 2025
Baixada FluminenseDESTAQUEDuque de CaxiasMunicípiosNotícias

Washington Reis é condenado mais uma vez, agora a três anos e sete meses de prisão e multa por fraude imobiliária; ex-tabelião de Nova Iguaçu é punido

O juiz André Luiz Duarte Coelho, titular da 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, condenou o ex-secretário estadual de Transportes, ex-deputado federal e ex-prefeito Washington Reis (MDB) a três anos e sete meses de prisão e multa por fraude imobiliária. Também foram condenados Elói de Oliveira Pinto e o ex-tabelião do cartório do 5º Ofício de Notas de Nova Iguaçu Josemar Francisco. A sentença é de 16 de dezembro. Todos podem recorrer em liberdade.

É bom lembrar que Washington Reis ainda está às voltas com uma condenação a mais de sete anos por crime ambiental aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a denúncia do Ministério Público, aceita pelo magistrado, em junho de 2014, em Duque de Caxias, o trio, “agindo de forma livre e consciente”, acertou valores financeiros para a “prática de diversos atos notariais fraudulentos e aptos à transferência e registro imobiliários de inúmeros lotes rurais pertencentes a outras pessoas”.

Washington Reis e os outros acusados enganaram ‘pessoas humildes’, segundo o juiz

De acordo com o processo, Washington Reis e Elói de Oliveira, “cientes da impossibilidade de elaboração de escrituras válidas de compra e venda dos lotes”, prometeram R$ 500 mil a Josemar Francisco. O tabelião teria concordado e recebido, no dia 30 de junho de 2014, cerca de R$ 150 mil.

O detalhe, de acordo com a denúncia do MP, é que eles não eram os “legítimos proprietários ou possuidores dos lotes”.Elói de Oliveira, segundo a denúnci do MP do Rio, pretendia“regularizar” diversos lotes rurais, registrando imóvel alheio em nome próprio e em nome da empresa “Olimpus Emprendimentos Imobiliários LTDA”, cujo
sócio é o denunciado Washington Reis. Realizada a transferência imobiliária fraudulenta, seria possível a sua posterior alienação, uma vez que já existia um comprador interessado na aquisição dos imóveis, a empresa Alphaville de São Paulo.

Josemar Francisco ( foto: reprodução da TV Globo) ) responde a outros processos, como o das fraudes imobiliárias que resultaram na Operação Lázaro em 2022.

“Esses imóveis pertenciam a pessoas humildes que foram enganadas pelos denunciados, ou simplesmente tiveram suas terras tomadas pela ação de grileiros, contando com o suporte político e intimidatório do denunciado Washington Reis, ex-deputado federal e atual prefeito do município de Duque de Caxias”, disse o magistrado sobre o cargo do político, na ocasião.

*Com informações dos veículos: Tempo Real, G1, UOL, VEJA, EXTRA, O GLOBO. DIÁRIO DO RIO, TEMPO REAL, ÚLTIMA HORA. EXAME, DIÁRIO DO VALE, R7

Mais uma sentença criminal contra Washington Reis: Condenação agora se deu em processo fraude imobiliária movido pelo MP

● Elizeu Pires

Com pendências com Justiça por conta de uma condenação a mais de sete anos por crime ambiental aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, teve contra si mais uma sentença criminal, essa no processo 0000745-14.2020.8.19.0021, ajuizado em 2020 pelo Ministério Público. Com ele foram denunciados e também, condenados Elói de Oliveira Pinto e o ex-tabelião do Cartório do 5º Ofício de Notas de Nova Iguaçu, Josemar Francisco, por fraude imobiliária. A decisão judicial data de 16 de dezembro e os condenados ganharam o direito de recorrer em liberdade.

Pelo que está na acusação e na sentença, “os denunciados, agindo de forma livre e consciente, e em comunhão de ações e desígnios e divisão de funções, acordaram o pagamento de certa quantia em espécie pela prática de diversos atos notariais fraudulentos e aptos à transferência e registro imobiliários de inúmeros lotes rurais pertencentes a outras pessoas”.

Ainda de acordo com a denúncia, os denunciados “não eram legítimos proprietários ou possuidores dos lotes levados ao 5º ofício de notas”. O relato à Justiça cita que “esses imóveis pertenciam a pessoas humildes que foram enganadas pelos denunciados, ou simplesmente tiveram suas terras tomadas pela ação de grileiros, contando Com o suporte político e intimidatório”.

Depois de analisar a denúncia e ouvir testemunhas, o juiz decidiu pela condenação do ex-prefeito tendo aplicado a ele uma pena de três anos, sete meses e 16 de reclusão, além do pagamento de 16 dias-multa, enquanto Elói de Oliveira Pinto pegou três anos, um mês e dez dias de reclusão, além do pagamento de quatorze dias-multa

Reis foi denunciado à Justiça em 7 de janeiro de 2020, por de ter  oferecido pagamento para obter escrituras imobiliárias supostamente de forma fraudulenta no Cartório do 5º Ofício de Notas de Nova Iguaçu.

A denúncia feita através da 11ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 3ª Central de Inquéritos, incluindo Elói de Oliveira Pinto e o então tabelião Josemar Francisco, que teria aceitado uma proposta de R$ 500 mil para fazer a documentação, e recebido, no dia 30 de junho de 2014, uma entrada de R$ 150 mil para iniciar o serviço de “elaboração de escrituras imobiliárias fraudulentas com o objetivo de obter a transferência e registro imobiliários de lotes rurais pertencentes a outras pessoas”.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

Documentos relacionados:

Decisão judicial

Denúncia – Ministério Público

Matérias relacionadas:

Prefeito que quer dominar a Baixada é denunciado por fraude com escrituras imobiliárias em cartório de Nova Iguaçu

Ministério Público faz operação contra acusados de fraudes em cartório de registros imobiliários na Baixada Fluminense

G1,UOL. VEJA, EXTRA, DIÁRIO DO RIO, TEMPO REAL, ÚLTIMA HORA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *