Vender passeios em bolhas nas praias é proibido, diz Prefeitura do Rio; agentes prometem coibir prática
A venda de passeios em bolhas infláveis — como a que ficou à deriva em Copacabana na última quarta-feira (19) — é proibida, disse a Prefeitura do Rio.
De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), não há uma regulamentação para o uso do material flutuante, e a prática como atividade comercial não possui licenciamento — portanto, é ilegal.
A Seop informou ainda que a Guarda Municipal vai intensificar a fiscalização para coibir a prática.
Já o Corpo de Bombeiros afirmou que salva-vidas orientam diariamente que banhistas evitem andar na bolha em locais com água agitada. A corporação também destacou que a atividade não tem qualquer respaldo de regulamentação e pode acabar em incidentes como o da última terça.
De volta ao mar
O controlador da bolha que quase se afogou e foi salvo pelos bombeiros voltou ao batente na quarta-feira (19). Houve uma nova tentativa de passeio, mas, diante das ondas e do mar revolto, guarda-vidas orientaram que a engenhoca não saísse da areia.
“Tem coisa que só acontece em Copacabana”. Foi isso que pensou o bombeiro Rafael Louzada, após o resgate da bolha à deriva.
“A gente trabalha em Copacabana e lá acontece de tudo. Nunca tá tranquilo. Céu azul, mar piscininha, mas pode esperar que sempre acontece alguma coisa”, comentou cabo Louzada.
A imagem inusitada de um casal dentro de uma bolha à deriva no mar viralizou nesta quinta-feira (20). Apesar de engraçada, a situação representou risco à vida de três pessoas, os dois dentro da bolha e do controlador do equipamento.
“Eles demoraram a perceber que a vida deles estava em risco. Só perceberam quando a gente resgatou o responsável pelo equipamento. Quando saíram, tomaram um susto, mas ainda bem que todos ficaram bem”, disse o bombeiro.
A bolha, uma espécie de brinquedo aquático que virou atração turística recente em Copacabana, é colocada na água e fica presa por uma corda, controlada por uma pessoa na areia.
No dia do acidente, o rapaz que controla o equipamento deixou a corda escapar. No desespero, ele mergulhou no mar para evitar que a bolha fosse mais para o fundo. Contudo, segundo os bombeiros que participaram do resgate, o homem não sabia nadar.
“Ele perdeu a corda e tentou entrar para empurrar a bolha para fora. Só que ele não tinha noção nenhuma de mar, de natação, de nada. Ele estava afundando. Um dos salva-vidas foi na direção da bolha e eu e mais outro colega fomos para salvar o rapaz”, explicou Louzada.
O resgate foi feito pelos salva-vidas cabo Louzada, cabo Paulino e soldado Souza, que atuam no Posto 3 da praia de Copacabana. Segundo Louzada, o mar nesse dia estava tranquilo e o acidente foi por “negligência” do operador.
Risadas no fim
Após a situação controlada e a certeza de que não havia mais risco de vida para ninguém, os bombeiros envolvidos no resgate não resistiram e acharam graça da situação inusitada.