Últimos dias para veículos com GNV obterem redução no IPVA 2026

Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro (Sindirepa RJ) alerta que a instalação do kit GNV deve ser feita em oficina credenciada

Para garantir a redução do IPVA 2026 no Rio de Janeiro, a instalação do GNV (Gás Natural Veicular) e a devida regularização da documentação devem ser concluídas até o dia 31 de dezembro de 2025. Veículos movidos a GNV no estado do Rio de Janeiro têm direito a uma alíquota reduzida de IPVA, que atualmente é de 1,5% sobre o valor venal do veículo, enquanto a alíquota padrão para carros de passeio é de 4%.

Porém, é importante estar atento ao prazo de regularização junto ao Detran. O sistema do Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro pode levar alguns dias úteis (em média de 5 a 10 dias) para atualizar o documento após a inspeção. Por isso, é recomendável não deixar a instalação para a última hora, já que se aproxima o período de feriados de fim de ano, e assim garantir que todo o processo burocrático seja concluído ainda este ano.

O Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro (Sindirepa RJ) alerta que a instalação do kit GNV deve ser feita em oficina credenciada, seguida de inspeção em um organismo de inspeção veicular (OIA) e, finalmente, a atualização do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) junto ao Detran. Já o veículo que possui GNV instalado e registrado junto ao órgão, deve atualizar anualmente o Certificado de Segurança Veicular (CSV).

Benefícios do GNV

No estado fluminense circulam cerca de 1,65 milhões de veículos movidos a GNV, 63% da frota nacional que é de 2,58 milhões de veículos, conforme dados da Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério dos Transportes (SENATRAN). Em todo o estado do Rio são 970 postos autorizados a comercializar GNV, 10% do país, segundo dados da ANP.

De acordo com o Sindirepa, o GNV é um combustível que não apenas representa benefícios ambientais, mas pode chegar a emissões zero com o biometano. Além disso, o GNV move uma indústria de produção de gás, de Kit GNV e representa uma economia para o consumidor, ao permitir ao motorista rodar mais quilômetros com menor gasto de combustível.

“Reduzir emissões é preocupação latente em todo o mundo. O GNV pode não apenas alcançar emissões zero com o biometano, mas também melhora a qualidade do ar em centros urbanos ao apresentar queima de melhor qualidade, independentemente da origem do gás, o que significa emissões quase nulas dos chamados microparticulados, grande causador de doenças pulmonares. Assim, incentivar o uso do GNV significa melhor qualidade de vida e reduzir a pressão nos sistemas públicos de saúde”, explica o presidente do Sindirepa RJ, Celso Mattos.

O dirigente lembra que, no estado do Rio de Janeiro, o GNV é um grande segmento de consumo, mas com potencial de expansão em todos os estados do país, seja pelo veículo leve ou com avanço do uso do gás em ônibus e caminhão, o GNV pesado. “Por ser menos poluente, o uso do GNV é ecologicamente correto e adequado até mesmo para o uso em veículos pesados como ônibus e caminhões. O estado do Rio já avançou nesse sentido criando o Corredor Verde na rodovia Presidente Dutra com os postos de combustíveis adequados para o GNV”, afirma Mattos, que também é vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).