Torcedores do Flamengo querem o mundo de novo… ou pela primeira vez para muitos
Rubro-Negro encara o PSG para voltar a ser campeão da Copa Intercontinental, assim como em 1981
“Tomara que eu tenha mais sorte que meu pai e veja mais vezes o Flamengo campeão da Libertadores, sem ter que esperar 38 anos”. Esse foi o desejo de João Victor Santos, em entrevista ao Jornal O DIA, às vésperas da final de 2019, contra o River Plate. Desde então, o torcedor de 20 anos já comemorou três títulos continentais e viu o clube mudar de patamar na América do Sul. Mas ainda falta conquistar o mundo, o que pode acontecer nesta quarta-feira, na final da Copa Intercontinental contra o PSG, às 14h (de Brasília), no Catar.
“É uma realização e um sonho, depois de ver tantos anos passando por sufocos e eliminações, ganhar três vezes a Libertadores em seis anos. Acho que vem mais por aí, do jeito que está. Agora eu é que vou falar para meus filhos, netos no futuro… Arrascaeta, Gabigol, Bruno Henrique”, disse João Victor.
Falta uma conquista para muitos rubro-negros
Para ele e muitos outros torcedores que não eram nascidos ou tinham pouca idade em 1981, ano da conquista do primeiro Intercontinental, há um pensamento constante. Afinal, finalmente sentiram o que é conquistar Libertadores, além de Brasileiro, Copa do Brasil e Carioca, só que ainda ficam apenas com as lembranças dos pais sobre ser campeão mundial.
“Está faltando um título que só ouvi meu pai falar. Eu assisti a três Mundiais e ainda não fui campeão, mas estou com uma expectativa grande para a quarta vez. O time é bom, dá pra bater de frente com o PSG. Vai ser jogo duro, mas tenho a expectativa de o Flamengo sair com a vitória e ser campeão”, afirmou João.
Espera de 44 anos pelo Mundial
Ao contrário do filho, Mauricio Oliveira, de 59 anos, e sua geração vivenciaram aquele histórico 3 a 0 sobre o Liverpool, em 1981. E se eles tiveram que esperar 38 anos para voltar a ver o Flamengo campeão da Libertadores, já são 44 anos de espera para reviver a conquista em Tóquio, como pede a torcida no refrão da música da arquibancada: “e agora seu povo pede o mundo de novo”.
“Meu filho levou menos tempo para ver mais de um título de Libertadores, mas eu vivi o Mundial e estou esperando esse tempo todo pra ser campeão de novo. Eu tinha 15 anos de idade em 1981 e hoje eu tenho 59 anos e estou nessa expectativa, eu confio no Flamengo”, afirmou.
Confiança no Flamengo
Juntos na torcida, pai e filho viram o Rubro-Negro jogar de igual com o Liverpool, no Intercontinental de 2019, e decepcionaram-se na eliminação de 2022 para o Al-Hilal, na semifinal. Já neste ano, vibraram com a vitória sobre o Chelsea e lamentaram a queda para o Bayern de Munique, ambos no novo Mundial de Clubes de 2025.
E agora têm uma certeza: a de que o Flamengo tem mais condições de conquistar o título sobre o PSG, mesmo diante do abismo financeiro e técnico entre os clubes.
“Estou sentindo que o Flamengo está mais próximo dos europeus porque trouxe esses jogadores que vêm da Europa, que jogaram 10 anos ou mais por lá. Jorginho, Danilo, Alex Sandro se incorporaram ao time que já estava aqui brilhando, como Arrascaeta, Bruno Henrique…”, analisou Mauricio.
“Acho que esse ano é o que tem mais chance. Em 2019 o Flamengo jogou bem, só que o Liverpool tinha jogadores que desequilibram. PSG também tem, é um time muito forte, mas eu acho que esse ano o Flamengo está mais encorpado, pode sair com a vitória e ser campeão”, completou João.

