Técnicos do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas assistem “Vitória” nos cinemas

Equipe da SEDSODH assistiu ao longa nesta segunda-feira, 31

Em uma parceria com a Rede Cinesystem, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos levou 13 membros da equipe que trabalha para garantir as ações do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Provita) para assistir ao novo filme “Vitória”, estrelado por Fernanda Montenegro, no cinema em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

O longa é baseado em uma história real e conta sobre Joana da Paz, uma moradora do Rio de Janeiro que, cansada da violência e das dificuldades em conseguir o início das investigações do caso, começa a filmar os crimes que vê da janela, como homicídios, tráfico de drogas e extorsão. Com a ajuda do jornalista Fábio Gusmão, os dois conseguem expor uma rede de traficantes e criminosos, culminando na prisão de diversas pessoas. Correndo risco de vida pelo papel de testemunha, Joana ingressou no Provita, mudou de cidade e passou a se chamar Vitória.

A equipe, composta por técnicos de convênios, coordenação, transportes e superintendência de proteção e defesa dos direitos humanos, se emocionou assistindo ao longa-metragem. Membros que geralmente estão nos bastidores também compareceram, como técnicos de convênio e coordenador de transportes, ressaltando a importância de todos que fazem parte do Programa entenderem mais a fundo o real impacto das ações na vida dos protegidos.

Fábio Manhães, assistente de convênios, falou sobre como foi a experiência de conhecer a trajetória da pessoa inserida no Programa: “Ver essa parte lúdica, de como é o programa chegando a pessoa que a gente protege, é totalmente diferente. É bem interessante para nós, como técnicos, ver o que fez com que a pessoa entrasse, já que a gente fica só na burocracia de fazer a parte do convênio, ver a questão da verba, negociar etc. Para nós, as pessoas são códigos e números, mais nada. O filme fez com que a gente vivesse um pouco mais do que o programa em que nós trabalhamos”.

A SEDSODH é gestora do Provita, e uma das portas de entrada, além da Polícia Civil, Ministério Público (Estadual e Federal), Defensoria Pública (Estadual e União) e Tribunal de Justiça/Tribunal Regional Federal.

Maíra de Almeida, coordenadora dos Programas de Proteção à Vida, contou sobre a sensação de assistir nas telas do cinema uma história na qual o Programa teve papel fundamental no bem estar de Joana: “É muito impactante ver a história sendo contada dessa maneira, porque no cinema ela ganha vida. Claro que todas as histórias que recebemos nós temos a dimensão do impacto da ameaça na vida dessas pessoas, mas, na tela dos cinemas, e com toda a atenção voltada para essa história, isso nos faz pensar o quanto é individualizado e isso dá ainda mais vida e importância ao programa e a preservação de cada vida que a gente recebe”.

A verdadeira identificação de Joana da Paz só foi divulgada após a morte dela, em 2023. Ela nunca retornou ao Rio de Janeiro desde quando precisou sair, em 2005, quando o caso veio a público.

Quando uma pessoa é inserida no Programa, ela passa por uma triagem com equipes multidisciplinares, com advogados, psicólogos e assistentes sociais. Após esse processo, é feita uma análise de risco para escolherem o local para onde a pessoa protegida será encaminhada, sendo sempre para um município diferente. E, em casos mais graves, para outros estados.

Leonardo Souza, coordenador de transportes da SEDSODH, comentou sobre o que mais lhe chamou a atenção no longa: “O filme é muito interessante, principalmente porque muita gente não tem noção de como faz para chegar à proteção. O que mais me impressionou foi a idade da Joana, e a coragem que ela teve em fazer as denúncias”.

“Me impressionou a força e coragem dela em tentar combater, nos limites que era possível a ela, aquele cenário que gerava risco não só a ela, como também aos seus vizinhos”, contou Maíra.

A coordenadora ainda acrescentou que o Programa é o último recurso para a vítima ou testemunha: “Nós esperamos que as pessoas não precisem, mas, caso precisem, saibam que podem contar com o Estado e com a Secretaria”.

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