Chauncey Billups foi preso na manhã da última quinta-feira (23) e liberado à noite
Chauncey Billups, técnico do Portland Trail Blazers, da NBA, deixou a prisão na noite desta quinta-feira (23), no Oregon, nos Estados Unidos. O treinador foi preso na parte da manhã pelo FBI por suspeita de participação em um esquema de manipulação de fraude de partidas de pôquer e envolvimento com a máfia. Terry Rozier, ala do Miami Heat, Damon Jones, ex-jogador do Cleveland Cavaliers, e outras 31 pessoas também foram detidas na mesma investigação.
Em comunicado oficial, o advogado de defesa de Billups, Chris Heywood, afirmou que lutará contra as acusações do FBI. O ex-jogador e membro do Hall da Fama do basquete comandou os Blazers na derrota para o Minnesota Timberwolves na última quarta-feira (22), na estreia da temporada 2025/26 da NBA, e foi detido sob suspeita de ter envolvimento com operações de pôquer comandadas por organizações mafiosas.
“Qualquer pessoa que conhece Chauncey Billups sabe que ele é um homem íntegro. Homens íntegros não trapaceiam e nem fraudam outras pessoas. Acreditar que Chauncey Billups fez o que o governo federal o acusa é acreditar que ele arriscaria seu legado no Hall da Fama, sua reputação e sua liberdade. Ele não colocaria essas coisas em risco por nada, muito menos por um jogo de cartas”, disse o advogado de defesa de Billups.
O procurador dos Estados Unidos para o Distrito Leste de Nova Iorque, Joseph Nocella Jr, declarou, segundo a ESPN, que o esquema tinha como alvo vítimas conhecidas como “peixes”, que eram atraídas para participar de jogos fraudados com a chance de jogar ao lado de ex-atletas conhecidos como “cartas de rosto”. Segundo Nocella, Billups era uma dessas celebridades.
As partidas de pôquer eram fraudadas através de uma sofisticada tecnologia de trapaça, que contava com máquinas de embaralhar cartas alteradas, câmeras escondidas em bandejas de fichas de pôquer, óculos de sol especiais e equipamentos de raio-X embutidos na mesa para ler as cartas de jogadores desavisados. Depois que os “peixes” perdiam, a máfia usava de violência e extorsão para garantir que pagassem suas dívidas de jogo.
Segundo Jessica Tisch, comissária de polícia da cidade de Nova Iorque, a FBI descobriu que o esquema envolvia membros e associados das famílias Bonanno, Gambino, Lucchese e Genovese, todas ligadas à máfia Siciliana. Nos casos de Rozier e Jones, a suspeita é de que eles tenham fornecido informações valiosas de bastidores da liga para favorecer apostadores.