Submarino Humaitá, o 2º de 5 previstos pelo Prosub, é lançado pela Marinha no RJ; veja imagens
A Marinha entregou nesta sexta-feira (12) o segundo submarino dos cinco previstos pelo Prosub, o programa de desenvolvimento de submarinos. O Humaitá – como foi batizado – foi lançado na Base Naval de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio.
Com 71 metros de comprimento, o submarino foi projetado para atingir uma velocidade de até 37 km/h, transportar uma tripulação de até 35 militares e pode ficar submerso por cinco dias.
Pesando cerca de 1,8 mil toneladas, o novo submarino brasileiro pode chegar a 300 metros de profundidade.
E é capaz de lançar mísseis, torpedos e minas.
A cerimônia de lançamento aconteceu pela manhã no Complexo Naval de Itaguaí. O presidente Lula cancelou, na véspera, a participação no evento e foi representado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Pelo planejamento inicial, o Humaitá deveria ter sido entregue em 2019. O primeiro a ficar pronto, o submarino Riachuelo, só foi lançado em 2022 – também cinco anos depois do previsto.
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O projeto, desenvolvido em parceria com a França, prevê ainda a construção de outros três submarinos.
O último deles, com uma tecnologia de propulsão nuclear, deve ser finalizado em 2029 e, após período de testes, ser lançado em 2033.
“O programa permite ao país desenvolver tecnologias inovadoras aliado a nacionalização e sistemas e equipamentos resultando em significativo ganho para a indústria nacional (…) fomentando a base industrial de defesa além da geração de seis mil empregos diretos e indiretos”, disse André Luiz Silva Lima, chefe do Estado-Maior da Armada.
Proteção da Amazônia Azul
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Segundo a Marinha, o principal objetivo da construção desses submarinos é aumentar a proteção da chamada Amazônia Azul – área marítima que apenas o Brasil pode explorar economicamente, e que conta com minas e outras riquezas naturais.
A Amazônia Azul tem 5,7 milhões de quilômetros quadrados de oceano, mais da metade do território brasileiro.
É desta faixa d’água que o Brasil retira a maior parte do petróleo e do gás natural – e quase a metade do pescado. Esta é a rota de quase todo o comércio exterior brasileiro.
“Esse é um Brasil que tem desafios gigantescos na terra, no mar, em todos os lugares, nas nossas diferenças sociais e regionais. Então, em muitas vezes priorizando corrigir as nossas diferenças, nós atrasamos alguns compromissos, mas já estamos trabalhando para que isso não ocorra outra vez”, afirmou o ministro da Defesa.
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