SpaceX lança sétima missão tripulada para estação espacial internacional

Quatro astronautas decolaram na madrugada deste sábado a bordo da cápsula Dragon, da NASA e da SpaceX, na sétima missão regular de troca de tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) operada pela empresa do bilionário Elon Musk.

No comando da missão Crew-7 está a americana Jasmin Moghbeli, que faz sua primeira viagem ao espaço, assim como o russo Konstantin Borisov. A tripulação, que conta ainda com o dinamarquês Andreas Mogensen e o japonês Satoshi Furukawa, irá substituir os quatro astronautas que vivem na ISS desde março.

A cápsula Dragon, movida por um foguete Falcon 9 da SpaceX, decolou às 03h27 (hora local) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, diante de cerca de 10.000 pessoas reunidas para assistir ao lançamento.

“Decolamos!”, disse a NASA na rede social X (antigo Twitter).

A decolagem deveria ocorrer originalmente na sexta-feira, mas foi adiada para permitir “mais tempo para as equipes concluírem e discutirem as análises”, de acordo com a SpaceX.

Impulsionada pelo foguete, a cápsula Dragon em que viajam os quatro passageiros deverá atracar na ISS no domingo, após uma viagem de aproximadamente um dia.

Posteriormente, a tripulação passará cerca de seis meses a bordo deste laboratório voador, onde realizará múltiplos experimentos científicos e procurará descobrir se alguns microrganismos conseguem sobreviver e reproduzir-se no espaço.

A ISS é habitada permanentemente há mais de 20 anos.

“Podemos ter quatro tripulantes de quatro nações diferentes a bordo… mas somos uma equipe unida com uma missão comum”, disse Jasmin, de 40 anos, logo após o lançamento.

Numa coletiva à imprensa no mês passado, a americana disse que era algo que queria fazer “desde que se lembre”.

“O que mais desejo é observar o nosso planeta de cima”, acrescentou a astronauta formada no MIT e nascida no Irã.

Parceria da SpaceX e da Nasa

 

A Crew-7 é a sétima missão regular à ISS realizada pela SpaceX em nome da NASA, sem contar uma missão de teste da qual também participaram dois astronautas. A NASA paga à SpaceX pelo serviço, como parte de um programa de tripulação comercial lançado para reduzir a dependência de foguetes russos.

A NASA também assinou contrato com a Boeing para o desenvolvimento de um segundo meio de transporte americano para a ISS. Mas o programa da Boeing sofreu inúmeros atrasos e o seu primeiro voo de teste tripulado está programado para depois de março de 2024.

Apesar do aumento das tensões diplomáticas entre Washington e Moscou desde o início da guerra na Ucrânia, a colaboração entre as agências espaciais dos EUA e da Rússia continua na ISS, uma das poucas áreas de cooperação ainda em curso entre os dois países.

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