12 de novembro de 2025
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Sete líderes do Comando Vermelho são transferidos para presídios federais

Ao todo, eles somam mais de 428 anos de condenação

Sete presos que exercem liderança dentro do Comando Vermelho estão sendo transferidos, nesta quarta-feira (12), para presídios federais de segurança máxima. Todos estavam na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1, e foram levados sob forte esquema de segurança até o Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, de onde seguiram em uma aeronave da Polícia Federal.

A escolta é conduzida pelo Serviço de Operações Especiais (SOE), pelo Grupo de Intervenção Tática (GIT) e pela Divisão de Busca e Recaptura (Recap), todos grupamentos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Segundo o Governo do Estado, a medida ocorre após decisão da Vara de Execuções Penais (VEP). Os transferidos possuem condenações relacionadas ao tráfico de drogas e, juntos, somam 428 anos, 6 meses e 21 dias de condenação. Eles foram incluídos no sistema federal em cumprimento à Lei nº 11.671/2008, que regulamenta a transferência de presos de alta periculosidade.

“A transferência dessas lideranças criminosas reflete o nosso compromisso com o fortalecimento das políticas de segurança pública e com a adoção de medidas concretas para interromper a atuação de organizações criminosas a partir do sistema prisional. É uma ação estratégica para preservar a ordem pública e assegurar a tranquilidade da população fluminense”, afirmou o governador Cláudio Castro.

A secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, explicou que a operação faz parte das medidas da Operação Contenção:

“A ação é conduzida de forma técnica e integrada pela Secretaria de Administração Penitenciária, garantindo o equilíbrio do sistema prisional e a segurança da população fluminense. Essa integração das forças de segurança é fundamental para preservar a estabilidade do sistema e reforçar a presença do Estado”, destacou a secretária Maria Rosa Nebel.

Saiba quem são os presos transferidos e suas condenações.

•Arnaldo da Silva Dias, conhecido como “Naldinho” – 81 anos, 4 meses e 20 dias. Atua no comando do tráfico de drogas em Resende e Volta Redonda.
•Carlos Vinicius Lírio da Silva, o “Cabeça de Sabão” – 60 anos, 4 meses e 4 dias. Liderença da comunidade do Sabão, em Niterói, na Região Metropolitana. Em 2009, foi condenado pela morte de dois policiais civis durante tentativa de resgate de um preso no Fórum da Ilha do Governador, em 2005.
•Eliezer Miranda Joaquim, o “Criam” – 100 anos, 10 meses e 15 dias. Considerado um dos chefes do CV do Complexo do Roseiral, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
•Fabrício de Melo de Jesus, o “Bicinho” – 65 anos, 8 meses e 26 dias. Chefe do tráfico do bairro Dom Bosco, em Volta Redonda, no Sul do Estado.
•Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o “My Thor” – 35 anos, 5 meses e 26 dias.  O criminoso tem diversas anotações criminais por tráfico de drogas, associação para tráfico de drogas, homicídio qualificado, roubo majorado, oferecimento de vantagem indevida, associação criminosa, pratica de infração penal em companhia de menor de 18 anos, quebra de sigilo telefônico, de informática ou telemática, porte, uso e venda de armas de fogo e munições.
Mesmo preso, “My Thor” permanecia atuando no Morro do Santo Amaro, no Catete, Morro da Mina, em Nilópolis, Favela da Galinha, em Inhaúma, e Buraco Quente, em São João de Meriti.
•Alexander de Jesus Carlos, o Choque – 34 anos e 6 meses. Preso desde 2008, é uma das principais lideranças do tráfico de drogas nas comunidades de Manguinhos e Morro São João, no Engenho Novo, na Zona Norte.

•Roberto de Souza Brito, “Irmão Metralha” – 50 anos, 2 meses e 20 dias. Ele faz parte do comando do tráfico de drogas do Complexo do Alemão, na Zona Norte.

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