Segurança hídrica e avanços ambientais no RJ: Águas do Rio debate soluções para o futuro do saneamento em megaevento
Diretores da empresa falam no SaneaRio sobre segurança hídrica e reforçam a solidez do contrato que já levou água tratada e regularizada pela primeira vez a 621 mil pessoas
“O saneamento representa uma mudança de paradigma: já evitamos o despejo de 119 milhões de litros de esgoto a cada dia na Baía de Guanabara; na Lagoa Rodrigo de Freitas, não se discute mais a mortandade de peixes, e sim quando teremos o enquadramento para banho”. A afirmação foi feita pelo diretor institucional da Águas do Rio, Sinval Andrade, ao abrir a participação da concessionária no SaneaRio, maior evento de saneamento e meio ambiente do estado, nesta terça-feira (29/10), no Teatro Adolpho Bloch, na Glória.
Três representantes da empresa participaram dos painéis e mesas do evento organizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental do Rio de Janeiro (Abes-RJ), que reuniu os principais players do setor para debater o tema “Saneamento e Segurança Hídrica: Desafios e Inovações em um Cenário de Mudanças Climáticas”.
Na mesa de abertura, Sinval Andrade destacou a importância do saneamento para a transformação social, enfatizando que seu impacto vai muito além das obras de infraestrutura.
“Na revitalização da Baía de Guanabara, os resultados são visíveis: as pessoas voltaram a frequentar as praias do Flamengo, da Glória e as de Paquetá, uma promessa olímpica que, finalmente, saiu do papel. As próximas praias a vivenciar essa transformação serão as da Ilha do Governador. E esse é apenas o início de uma longa jornada, pois temos três décadas de muito trabalho pela frente”, afirmou Sinval.
Ao longo da sua participação, o diretor institucional detalhou os avanços da companhia, ressaltando que a segurança jurídica do contrato é a base para o investimento contínuo e para a transformação socioambiental nas cidades atendidas.
“Hoje, temos 2 milhões de pessoas beneficiadas pela Tarifa Social, que recebem o mesmo padrão de qualidade no atendimento. Além disso, 621 mil fluminenses passaram a receber, de forma contínua, água tratada pela primeira vez na vida, o que é uma conquista de dignidade. Esse trabalho exige um enfrentamento firme de um sistema antigo, levando abastecimento regular a quem dependia de ligações clandestinas”, explicou Sinval.
Satélite ajuda a reduzir perdas
Durante o debate, o diretor também lembrou que, em novembro de 2021, no início da concessão, as perdas de água no sistema eram de 65%. A meta é reduzir o índice para 25% até 2031.
“Para isso, investimos em tecnologia. Um satélite que já foi usado para detectar água em Marte passa pelo Rio a cada 14 dias e é capaz de identificar a presença de cloro em até três metros de profundidade, com 80% de assertividade na detecção de vazamentos. Somado a isso, utilizamos válvulas inteligentes, e todo o sistema é monitorado pelo nosso Centro de Operações Integradas, o que garante respostas rápidas e ajustes imediatos de pressão e vazão”, disse Sinval.
A programação do SaneaRio prosseguiu à tarde, com a participação de outros representantes da concessionária. O diretor-executivo Diógenes Pimentel apresentou o case sobre o satélite usado em Marte, enquanto a gerente institucional Aline Félix abordou soluções e eficiência na gestão do abastecimento, com destaque para o uso de inteligência operacional na maior concessão do país.
