Secretaria de Meio Ambiente de Volta Redonda inicia trabalho de reflorestamento de Área de Preservação Permanente
Projeto Floresta dos Estudantes, parceria com a Rede de Educação Arcoverde, acontece às margens do Córrego Cachoeirinha, na Vila Santa Cecília
O plantio de 48 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica às margens do Córrego Cachoeirinha, que corta a Vila Santa Cecília, marcou o lançamento do Projeto Floresta dos Estudantes, uma parceria da Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), e a Rede de Educação Arcoverde, através da unidade Macedo Soares. A ação, que envolveu estudantes do 3º ano do ensino médio, aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 19, ao lado da escola.
O objetivo do projeto é a restauração ecológica de área degradada em Área de Preservação Permanente (APP) – caso das margens de rios – com reflorestamento de cerca de 500 m². E, assim, recuperar a mata ciliar com espécies nativas da Mata Atlântica, promovendo a estabilização do solo, proteção hídrica, sequestro de carbono, melhoria da qualidade da água, além de fomentar a educação ambiental na comunidade local.
O secretário de Meio Ambiente de Volta Redonda, Jorginho Fuede, ressaltou que o cuidado com o meio ambiente é feito de parcerias como essa. “Com essa iniciativa estamos contribuindo para uma melhor qualidade do ar, da água, de vida. E queremos plantar uma semente nos estudantes para que sigam cultivando mais verde, além de promover mais consciência ambiental na sociedade. Precisamos nos acostumar a abaixar para pegar uma tampinha de plástico e outros materiais poluentes quando virmos um”, falou, agradecendo a toda a equipe da SMMA, que faz o projeto acontecer.
Ele também citou a Rede de Educação Arcoverde, que trabalha a importância da conservação do meio ambiente com os alunos. “E transforma essa preocupação em ações que revertem em benefícios à comunidade onde está inserida, como podemos ver com o Floresta dos Estudantes”, disse Jorginho Fuede.
A diretora da unidade Macedo Soares, Mariana Coura, explicou a escolha dos alunos do 3º ano para este primeiro momento do projeto. “Eles terminam o ensino médio, saem do colégio no fim do ano, mais deixam um legado”, afirmou. O diretor da Rede Arcoverde, Frederico Flávio de Oliveira Santos, ressaltou a preocupação da instituição com a formação integral dos estudantes. “Cidadãos de bem cuidam do meio ambiente”, disse.
O presidente da Fundação Educacional Dom André Arcoverde (FAA), José Rogério Moura de Almeida Neto, agradeceu a parceria do prefeito Antonio Francisco Neto e do secretário Jorge Fuede na iniciativa. “Desde que chegamos à cidade temos o apoio da prefeitura e isso é fundamental”, falou.
Ele também contou que a Rede Arcoverde tem o hábito de plantar uma árvore a cada novo aluno que ingressa em suas unidades. “Mas como esse é o primeiro ano do Colégio Arcoverde em Volta Redonda, temos o compromisso de plantar uma árvore nativa da Mata Atlântica para cada aluno da unidade. Serão 510 árvores, plantadas pelos próprios alunos, desde a semente. E quando virar uma muda forte, transferimos para a natureza”, contou o presidente da FAA.
Aniki Ramos, de 17 anos, e Lara Andrade, de 16, plantaram uma Babosa Branca às margens do Córrego Cachoeirinha. “Estamos muito felizes em participar do projeto. Quando soubemos que o terceiro ano que ia fazer o plantio, ficamos animadas”, disse Aniki. “Foi bom também para sair um pouco da rotina do colégio”, falou Lara.
Já a dupla André Filipe Marcelino Siqueira, de 17 anos, e Enzo Garrido Lessa, de 18, plantaram um Ipê Branco e comemoraram pela raridade da espécie. “É muito bom fazer uma atividade fora da sala de aula e aqui também estamos aprendendo”, disse André. “É bom saber que deixamos uma contribuição para o meio ambiente e uma marca nossa no colégio”, afirmou Enzo.
Mudas foram cultivadas na Fazenda do Ingá
As mudas plantadas às margens do Córrego Cachoeirinha foram cultivadas no viveiro do Parque Natural Municipal Fazenda Santa Cecília do Ingá, administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A SMMA também forneceu todo o material para o plantio, como gel de plantio, que serve para melhorar a capacidade do solo de reter água e nutrientes; terra; ferramentas – enxadas, pá, regadores; e gaiolas de proteção.
As espécies selecionadas para o plantio, com base na flora nativa da região, foram Embaúba, Aroeira, Sibipiruna, Quaresmeira, Ipê amarelo, Angico-branco, Canafístula, Pau-formiga, Mulungu, Uvaia, Pitanga, Babosa-branca, Dedaleira, Ipê-branco, Guapuruvu, Jatobá, Canelinha-do-mato, Angelim pedra, Ingá e Pau d’alho, das mais resistentes às mais sensíveis.
A equipe da secretaria também foi responsável pelo diagnóstico e limpeza da área, levantamento de solo, controle de espécies invasoras e abertura de berços para as novas mudas. E agora estão previstas capina de manutenção periódica e monitoramento das mudas.