São Silvestre 2023: quenianos são campeões no feminino e no masculino
– É um orgulho representar o Brasil. É um país que me acolheu muito bem – disse Felismina após a prova.
Gari, Johnatas de Oliveira abandonou o sonho do futebol para trabalhar, e se encontrou na corrida. Ele comemorou a chegada como brasileiro mais rápido na prova.
– Não deu para realizar o sonho de ser jogador, mas a gente dá para o gasto como atleta – brincou.
A última vez que o Brasil subiu no alto do pódio da prova foi em 2010, com Marílson dos Santos. No feminino, Lucélia Peres foi a última a vencer, em 2006.
Feminino
O bicampeonato de Catherine Reline foi conquistado sem disputa, sem adversárias que pudessem ameaçá-la. Vencedora também em 2022, Reline se desgarrou do resto do grupo desde o começo da prova, inicialmente acompanhada da também queniana Sheila Chelangat e da etíope Wude Ayalew. Só inicialmente. Reline correu os últimos quilômetros da prova sozinha, absoluta, sem ver ninguém em seu retrovisor, e garantiu a 18ª vitória de uma atleta do Quênia desde que a prova feminina da São Silvestre começou a ser disputada, em 1975.
- Catherine Reline (QUE) – 49min54s
- Sheila Chelangat (QUE) – 51min35s
- Wude Ayalew (ETH) – 51min46s
- Jhoselyn Yessica (BOL) – 53min37s
- Viola Kosguei (QUE) – 53min52s
- Felismina Cavela (BRA) – 55min
Masculino
Timothy Kiplagat Ronoh também cruzou a linha de chegada sem ter ninguém em sua cola. O atleta de 30 anos já chegou à prova entre os favoritos após ter ganho a medalha de prata na Maratona de Roterdã, este ano, e as maratonas de Melbourne e Abu Dhabi em 2022. E confirmou o favoritismo, se tornando o 17º campeão queniano da São Silvestre.
- Timothy Kiplagat (QUE) – 44min52s
- Emmanuel Bor (QUE) – 45min28s
- Reuben Longoshiwa (QUE) – 45min44s
- Josephat Joshua (TAN) – 45min50s
- Hector Flores (BOL) – 46min07s
- Johnatas de Oliveira (BRA) – 46min33s
Nesta edição da São Silvestre, foram 12.811 mulheres inscritas e 21.553 homens. E foi a 18ª vitória de uma atleta do Quênia desde que as mulheres foram incluídas na corrida, em 1975, domínio absoluto.