Saiba como será a rede de transporte aquaviário que irá operar nas lagoas da Barra e de Jacarepaguá
Sistema contará com cinco terminais, seis estações e oito linhas, de acordo com a prefeitura; passagem vai custar R$ 4,70
Através de Parceria Pública-Privada (PPP), realizada pela Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), o Consórcio Lagunar Marítimo venceu a licitação do projeto de concessão. O contrato, assinado no último dia 17 e com validade de 25 anos, prevê a implantação, operação e manutenção do novo sistema, com investimento mínimo do consórcio de R$ 101,6 milhões, que pode ser ampliado.
Com o contrato assinado, o consórcio tem até 30 dias para apresentar o cronograma de trabalho e até 36 meses para construir cinco terminais obrigatórios: Gardênia Azul, Jardim Oceânico/Metro, Linha Amarela, Muzema e Rio das Pedras e seis estações / píeres: Arroio Pavuna, Barra Shopping, Bosque Marapendi, Parque Olímpico, Salvador Allende e Vila Militar.
A expectativa é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2027, passando as etapas de apresentação do plano de implementação, dos projetos básico e executivo, além da obtenção de licenças.
A cabine de passageiros deverá ser protegida de chuva e vento, além de ter assentos novos e estofados. As saídas de emergências precisarão estar sinalizadas, assim como os barcos deverão ter iluminação para navegação noturna e acessibilidade. No início da operação, as embarcações deverão ter no máximo cinco anos de fabricação. O consórcio deverá ter uma frota reserva equivalente a 10% da frota operante.
A Iguá, concessionária de água e esgoto da região de influência do programa, tem a obrigação contratual de investir R$ 250 milhões em desassoreamento e despoluição do complexo lagunar até agosto de 2026, de acordo com a prefeitura. O projeto de dragagem já foi licenciado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e aprovado em agosto de 2023.
“Esse foi um sonho nosso desde o início, quando apresentamos uma lei acompanhada de um grande abaixo-assinado para a implantação do transporte aquaviário. Trata-se de um modal estratégico, que envolve vários fatores: o ambiental, a integração com metrô e BRT e a valorização do turismo, especialmente em eventos como o Rock in Rio. O passageiro poderá sair do metrô, pegar um barco e chegar direto ao Parque Olímpico”, celebrou o presidente da Câmara do Rio, vereador Carlo Caiado, que também esteve no lançamento.
Atividade de barcos que já atuam na região
O edital também prevê a continuidade dos barcos que não irão atuar nas rotas do transporte público municipal mas que funcionarão paralelamente à atividade. Eles não concorrerão com o aquaviário municipal em relação ao valor da passagem
Atualmente, os barcos locais não possuem pontos fixos e atendem moradores das ilhas da Gigóia, Primeira e demais existentes no entorno.