Réveillon: Balsas da queima de fogos são aprovadas em vistoria final
A Marinha do Brasil, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros aprovaram, nesta terça-feira (30), durante a última vistoria, as balsas responsáveis pelo show pirotécnico na Praia de Copacabana, na Zona Sul. Por volta das 17h, as embarcações deixaram o píer na Ilha do Governador, na Zona Norte, com destino ao local da festa, em uma operação que dura cerca de seis horas.
Neste ano, a apresentação contará com 19 balsas, nove a mais do que as utilizadas na última virada. O número de fogos de artifício, no entanto, permanece o mesmo, com 12 minutos de apresentação. De acordo com a Vision Show, produtora da apresentação pirotécnica, a mudança proporciona uma melhor distribuição dos estampidos.
“O Corpo de Bombeiros é peça fundamental para que o Réveillon aconteça com segurança e organização. Temos investido de forma permanente em equipamentos, tecnologia, embarcações, viaturas e capacitação dos nossos militares, justamente para garantir ações preventivas eficientes e respostas rápidas em situações de emergência. A vistoria rigorosa das balsas e toda a operação planejada demonstram o compromisso do Governo do Estado com a proteção da população, dos turistas e com a excelência dos nossos bombeiros”, disse o governador Cláudio Castro.
Durante a inspeção, realizada na Praia da Ribeira, foram avaliados critérios técnicos e de segurança, como estabilidade das balsas, posicionamento dos fogos, sistemas de acionamento, distanciamento para a orla e cumprimento das normas de segurança exigidas para eventos de grande porte.
“Foram analisados os principais itens de segurança, como o layout das estruturas, a quantidade, o tipo e o tamanho dos artefatos pirotécnicos, sempre em conformidade com o projeto previamente apresentado na parte documental. Ressaltamos que, durante o espetáculo, as balsas não irão contar com equipes a bordo e nem a presença de brigadistas e operadores”, afirmou o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Fábio Contreiras.
Ainda nesta terça, a Marinha emitiu um alerta de ressaca para ondas acima de 2 metros durante a virada do ano. “Isso é preocupante, porque ela interfere na segurança da navegação. Provavelmente, vamos ter que restringir o tamanho das embarcações que podem ser liberadas para assistir aos fogos em Copacabana”, comentou o Capitão de Mar e Guerra Leonardo Lucena.
Logo em seguida, Contreiras acrescentou que esse cenário não influencia no show dos fogos, mas reforçou que a população não mergulhe no mar.
Sem motores para propulsão, as balsas são manobradas e levadas em comboio por rebocadores. Os condutores precisarão passar por teste do bafômetro para guiar as embarcações durante toda a movimentação do réveillon.
Jorge Nunes, gerente operacional da Camorim, é o responsável por coordenar a saída das balsas da empresa desde a primeira queima de fogos com uso de embarcações em Copacabana, na virada de 2001 para 2002. Sem tempo para pular sete ondinhas ou guardar sementes de romã, ele deixa as superstições de lado para focar no trabalho.
“A principal mudança foi o número de balsas, que aumentou sensivelmente. Com relação a segurança, continua a mesma. O pessoal está treinado, pronto para qualquer emergência que aconteça. É uma equipe muito grande que faz parte disso. Não tem ritual de superstição não (risos). Não dá tempo. Estamos desde cedo puxando cabo, posicionando as balsas”, explicou.

