Queda de avião na Colômbia mata 5 políticos da oposição e o piloto
Cinco políticos morreram na queda de um avião na Colômbia na manhã desta quarta-feira (19), que matou também o piloto. O acidente, ainda em investigação pela Aeronáutica Civil, ocorreu na zona rural do município de San Luis de Gaceno, no departamento central de Boyacá.
“Essa grande tragédia enluta o Centro Democrático”, disse o partido de direita no Twitter, lamentando a morte de cinco dos membros da sigla à qual também pertencem os ex-presidentes Álvaro Uribe e Iván Duque. Entre eles estão a ex-senadora Nohora Tovar, o deputado Dimas Barrero e o vereador Oscar Rodríguez.
O avião Cessna T210N saiu de Boyocá com destino à capital, Bogotá, onde os políticos participariam de uma cúpula da legenda, segundo informações da mídia local. O trajeto deveria durar 80 minutos e chegar a Bogotá às 9h, mas foi interrompido pelo acidente. O piloto se comunicou com a torre de comando pela última vez quando o avião sobrevoava o departamento de Casanare, perto da capital.
“Solidariedade e orações às famílias neste momento difícil. Essa tragédia estremece nossas almas”, disse Iván Duque. O atual presidente, Gustavo Petro, manifestou solidariedade às famílias em uma publicação no Twitter. Ao lado do Cambio Radical, o Centro Democrático é o partido com a oposição mais dura ao líder esquerdista.
O prefeito de San Luis de Gaceno, Juan Buitrago, afirmou à W Radio que foi possível ouvir uma “explosão muito alta” quando ocorreu o acidente. As chuvas no local dificultam o resgate dos corpos.
No início de junho, as Forças Armadas da Colômbia encontraram com vida três crianças e um bebê que haviam sofrido um acidente de avião na Amazônia após 40 dias de busca que chamaram a atenção de todo o mundo.
Também nesta quarta-feira, equipes de resgate encontraram cinco corpos no local em que houve um deslizamento de terra que bloqueou a estrada entre Bogotá e o sudoeste da Colômbia. A atualização eleva o número de mortos para 20, incluindo cinco menores de idade.
Na noite da última segunda-feira (17), fortes chuvas causaram uma avalanche no local, o que devastou um povoado no município de Quetame, no departamento de Cundinamarca.
MINISTRA DE MINAS E ENERGIA É 11ª A SAIR DO CARGO
A alguns meses de completar o primeiro ano de governo, Petro viu sua ministra de Minas e Energia, Irene Vélez, renunciar ao cargo —a 11ª troca entre os 18 políticos da cúpula do presidente. O líder enfrenta desafios para levar a cabo as principais promessas de campanha, entre as quais a “paz total“, com a entrega das armas da última guerrilha do país, e as reformas nas áreas do trabalho e da saúde.
Vélez sai após diversas controvérsias. Embora cuidasse das políticas de petróleo e gás, ela tinha como uma de suas prioridades descarbonizar a economia. Em Davos, no começo deste ano, garantiu que a Colômbia não fecharia novos contratos para explorar petróleo. “Para nós, esse é um sinal claro do nosso compromisso na luta contra a mudança climática“, afirmou no Fórum Econômico Mundial que reúne políticos, economistas e intelectuais para discutir questões econômicas globais.
O estopim para a queda, porém, parecem ser as investigações que a Procuradoria abriu contra Vélez para investigar suposto tráfico de influência. “Decidi me distanciar do cargo de ministra para evitar que as investigações contra mim interfiram na execução do programa de governo”, afirmou em carta publicada em suas redes sociais.
Petro também atravessa um escândalo que envolve sua chefe de gabinete, seu ex-chefe de campanha, uma babá, um polígrafo, áudios vazados e acusações de financiamento ilegal de campanha.