Prefeitura de Maricá assina termo de cooperação com a UFRJ para curso e núcleo de pesquisa no Parque Tecnológico
Parceria vai promover graduação em biotecnologia, além de ser um centro de excelência em pesquisa e soluções tecnológicas
A Prefeitura de Maricá, por meio do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), assinou um termo de cooperação com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para promover o ensino e a pesquisa no Parque Tecnológico da cidade. A expectativa é de que 50 vagas para o curso de graduação em biotecnologia já estejam disponíveis no próximo vestibular da federal.
“Fazer essa parceria com a UFRJ é estratégica para trazer tecnologias para o município. Queremos que Maricá seja um grande polo científico e tecnológico do país. E tudo isso é para construir uma economia para as pessoas e para as famílias. É isso que estamos fazendo aqui”, declarou o prefeito Washington Quaquá durante a cerimônia de assinatura.
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, comemorou este passo na direção de uma presença efetiva da universidade em Maricá e frisou que admira o que a cidade faz pela sua população:
“A nossa vinda para Maricá tem muito a ver com o trabalho que essa cidade está fazendo pela sua população. Muitos falam de petróleo, mas poucas cidades souberam aproveitar esse recurso como Maricá faz, com benefícios reais para a população. Se nós não dominarmos ciência, tecnologia e inovação, jamais teremos um povo verdadeiramente soberano”, avaliou o reitor Medronho.
Kildare Rocha, diretor do Instituto de Biofísica da UFRJ, disse que a expansão da universidade é uma de suas missões institucionais.
“O que nos motiva é trazer para a população a possibilidade de atuar no campo científico, promovendo desenvolvimento científico e tecnológico nas regiões onde atuamos. O curso de Biotecnologia foi pensado com uma aplicação concreta e tem tudo para colocar Maricá no mapa do desenvolvimento tecnológico na área biológica no estado do Rio de Janeiro e no país”, garantiu Kildare.
O Parque Tecnológico
O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), empresa que está executando a construção do Parque Tecnológico, que será gerido pelo ICTIM, apresentou a infraestrutura que é erguida em Ubatiba e comemorou o acordo com a UFRJ.
“Não é fácil trazer a maior universidade federal do Brasil, para cá. O prédio que estamos concluindo tem quatro andares. No piso superior, fica a nova sede do ICTIM. No terceiro piso nós teremos a gestão do parque, a aceleradora de empresas e a direção do parque futuro. Todo o primeiro piso será a graduação do primeiro curso da UFRJ”, explicou Pansera.
O presidente da Codemar também falou sobre a chegada de empresas privadas para o Parque Tecnológico. Isso porque o espaço tem uma “tripla hélice” com a participação do governo, de pesquisadores e de empresas.
“A Desaer já se instala aqui em dezembro, no Galpão Tecnológico e depois se muda para o parque, com 75 engenheiros, para trabalhar no desenvolvimento de aviões. A Bio Inovar também vem, com um centro de pesquisa de medicina de alta precisão. O Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas também vem. A parceria SESI/ SENAI/Maraey vai treinar 1.500 pessoas para o complexo hoteleiro”, elencou Pansera.
Fundo de investimento
O prefeito Washington Quaquá fez uma promessa arrojada durante a assinatura: a criação um fundo de investimento específico para ciência e tecnologia:
“A soberania do Brasil só será real quando dominarmos o conhecimento, seja ele técnico ou cultural. A dominação hoje se dá não com armas, mas com conhecimento. Não podemos desperdiçar dinheiro”, garantiu.
O secretário de governo de Maricá, Arlen Pereira, comemorou o anúncio feito por Quaquá.
“Nós estamos aqui para construir a economia pós-petróleo. Por isso o Parque Tecnológico está no centro do debate sobre desenvolvimento da cidade. Trazer a UFRJ para Maricá é um pontapé gigantesco”, finalizou.

