Prefeitura de Japeri inaugura Centro de Referência da Economia Solidária
Espaço será vitrine permanente para artesãos, agricultores e empreendedores locais, promovendo cultura, renda e inclusão na cidade
Ao som de muita música, com exposição de artesanato e desfile de moda em crochê, a Prefeitura de Japeri inaugurou neste sábado (13) , o Centro de Referência de Economia Solidária, na Praça Vereador Wendel Coelho, em Engenheiro Pedreira.
A partir de agora, os empreendedores de Japeri passam a contar com um espaço permanente de valorização da cultura, da renda e da criatividade local. Mais do que um ponto de exposição e vendas, o Centro é um polo de fortalecimento da identidade do município, resgatando o protagonismo do artesanato, antes esquecido, e mostrando o talento, a tradição e a inventividade do povo japeriense.

Valorização
Para a secretária municipal de Cultura, Daniella Beliago, o equipamento marca uma virada de chave para o setor. “Ter um espaço como este para a Economia Solidária, onde as pessoas podem gerar renda, expor seus produtos e compartilhar suas capacitações, é muito importante. Traz esperança para o município, porque quando construímos juntos, Japeri cresce e mostra para toda a Baixada Fluminense que é potência e que produz muitas coisas boas”, ressaltou.
Cultura e celebração
A praça recebeu um público animado que conferiu diversas atrações culturais. No palco, Mc Nayanzin, Nil Mc e DJ Perigo agitaram a galera com muito funk. O Jovem Júnior Costa apresentou duas canções gospel, enquanto a turma de Jazz do Centro Cultural, sob regência do professor Daniel Graciano, trouxe ainda mais diversidade musical ao evento.
Além da música, os visitantes conferiram exposições de quadros, bolsas customizadas, roupas e sabonetes artesanais. O desfile reuniu crianças, jovens e adultos, exibindo a beleza, a criatividade e o talento das artesãs do município.
Secretários municipais e moradores prestigiaram a inauguração, celebrando a valorização da cultura local e a força da economia solidária em Japeri.
Espaço para renda e inclusão
Com cerca de 20 m², o Centro de Referência será dedicado à comercialização, capacitação e fortalecimento das redes artesanais, funcionando como vitrine permanente para os trabalhos de artesãos locais.
O equipamento irá oferecer não apenas exposição e venda de produtos, mas também oficinas inclusivas, palestras e encontros sobre economia solidária, empreendedorismo e cultura. O espaço ainda dispõe de uma área de acolhimento comunitário, ideal para reuniões, convivência e fortalecimento das redes locais. O atendimento será de terça a domingo, das 9h às 20h, com programação diversificada e acessível a todas as idades.
Vozes da Economia Solidária
Silvana Oliveira da Silva Lima, de 54 anos, moradora de Japeri e uma das coordenadoras do espaço, celebrou a conquista.
“A economia solidária surgiu há 10 anos e nunca teve um lugar fixo. É um coletivo em que as pessoas trabalham juntas e dividem seus lucros. Nossa prefeita achou por bem garantir que este grupo tivesse um espaço digno para expor seus trabalhos. Antes enfrentávamos muitas dificuldades e não tínhamos onde vender. Agora teremos oficinas e oportunidade para que todos possam gerar renda sem pagar pelo espaço”, comemorou.
Maria Verônica do Nascimento Silva, de 51 anos, também faz parte da coordenação e reforçou a importância do novo espaço.
“Conheci a Economia Solidária em 2017. Antes eu vivia vendendo nas ruas, debaixo do sol quente. Agora será maravilhoso, porque o espaço é climatizado e coletivo. Aberto não só aos artesãos, mas também a agricultores, catadores e outros trabalhadores. É um sonho realizado”, contou.
Já a artesã Gilza Rosa destacou o reconhecimento da categoria.
“Esse espaço representa muito para nós. Durante muito tempo o nosso trabalho ficou invisível, mas agora temos um lugar que valoriza a nossa arte e a nossa história. Será mais do que um ponto de venda, será um espaço de reconhecimento, aprendizado e geração de renda”, celebrou.
Patrimônio cultural vivo
A expectativa é que o Centro de Referência de Economia Solidária se consolide como um espaço de valorização do patrimônio cultural vivo de Japeri, reunindo artesãos, agricultores, empreendedores e catadores em um mesmo coletivo. O novo equipamento público coloca o artesanato no centro das políticas de cultura, identidade e desenvolvimento sustentável, ampliando oportunidades e fortalecendo a economia criativa local.