11 de dezembro de 2025
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Policial civil e PM são alvos de operação contra milícia da Baixada

Um policial civil e um militar são alvos de uma ação contra uma milícia de Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O agente Jaime Rubem Provençano foi preso, na manhã desta terça-feira (9), e o PM Gilmar Carneiro dos Santos é procurado. A Operação Golden Head cumpre 13 mandados de prisão preventiva nos dois municípios, além de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste, e em unidades prisionais. Até o momento, há dez presos.

A Operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) é realizada com apoio das corregedorias da Polícias Civil e Militar. Todos os 13 alvos foram denunciados à 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa por constituição de milícia privada. Entre eles, o agente Jaime, que à época dos crimes era da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e o PM, conhecido como “Professor Gilmar”, lotado no 39º BPM (Belford Roxo).

 

Segundo o MP, o agente e um líder da milícia foram presos em casa, em Jacarepaguá e na Barra, respectivamente. Diego dos Santos Souza, o “Cabeça de Ouro”, tentou fugir, mas acabou detido. Houve ainda um outro preso, que não teve a identidade divulgada, e seis mandados de prisão cumpridos contra criminosos que já estavam na cadeia. As investigações apontam que Jaime e Gilmar participaram do vazamento de informações sobre ações e apoiavam atividades da quadrilha.
De acordo com o Gaeco, o grupo extorquia comerciantes e mototaxistas e há registros de torturas, execuções e disputas territoriais. Os crimes ocorreram nos bairros Wona, Lote XV e Vale das Mangueiras, em Belford Roxo, e Pantanal, em Caxias. A milícia é liderada por Diego e Carlos Adriano Pereira Evaristo, o “Carlinhos da Padaria”, que comandavam as ações de dentro da prisão.

A cobrança era gerenciada por Angelo Adriano de Jesus Guarany, o “Magrinho”, responsável por articular a comunicação entre os líderes presos e os cobradores nas ruas. Os promotores reuniram provas sobre a existência de controle financeiro, prestação de contas e ordens transmitidas por mensagens, bem como disputas armadas com rivais, registros de traições, coações de integrantes e planejamento de ataques.

 

Em nota, a Corregedoria-Geral de Polícia Civil informou que participa com o Ministério Público da operação e que mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos contra o agente. As diligências estão em andamento. Procurada, a Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre o caso. O espaço está aberto para manifestação.

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