Polícia Civil tenta prender Peixão e outros chefes do tráfico do Complexo de Israel; há confronto

A Polícia Civil do RJ iniciou nesta quinta-feira (10) a Operação Êxodoa fim de prender os chefes do tráfico do Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Há relatos de confronto, e o Globocop flagrou trincheiras em chamas nos acessos à comunidade.

Agentes de diversas delegacias especializadas saíram para cumprir 15 mandados de prisão e 8 de busca e apreensão. Um dos alvos é Alvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, chefe do Terceiro Comando Puro com 35 anotações criminais em sua fichaJá foi investigado, indiciado e denunciado, mas até hoje não foi preso.

Barricada em Parada de Lucas — Foto: Reprodução/TV Globo

Cerco na noite de quarta

Equipes lideradas pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) concentram nesta quinta as buscas em Lucas e em Vigário. Foi apurado que um cerco foi montado ainda na noite desta quarta-feira (9), quando carros descaracterizados chegaram ao complexo.

Participam da operação agentes do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE); Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC); Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB); Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI); Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Quem é Peixão

Em 2020, durante a pandemia, Peixão batizou de Complexo de Israel a região da Cidade AltaVigário GeralParada de LucasCinco Bocas e Pica-pau, comunidades margeadas pela Avenida Brasil e onde vivem 134 mil pessoas.

O traficante mandou espalhar pela área dominada a estrela de Davi, um símbolo judaico muito utilizado por determinadas vertentes evangélicas, e expulsou seguidores de religiões de matriz africana.

Um relatório da Polícia Civil descreve Peixão “como o mandante de homicídios, torturas, invasões armadas a imóveis e regiões dominadas por facções rivais”. Além disso, “monta e administra toda a sistemática das arrecadações dos aluguéis e taxas de funcionamento de comércio e serviços no Complexo de Israel”.

A quadrilha de Peixão é investigada por organização criminosa, tráfico de drogas e roubo. O processo tramita na Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Traficante Peixão frequentando uma igreja — Foto: Reprodução
Traficante Peixão frequentando uma igreja

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