Polícia Civil investiga importunação sexual em edifício da Petrobras

A Polícia Civil está investigando um episódio de importunação sexual, denunciado por uma funcionária terceirizada, em 2022, em uma das sedes da Petrobras, no Rio de Janeiro. À época, o caso chegou a ser arquivado pela ouvidoria da empresa. No entanto, com a investigação policial, a estatal decidiu analisar novamente as acusações.
A funcionária terceirizada denunciou que sofreu assédio dentro de um edifício da empresa, em 2022, e a ocorrência foi registrada na 5ª DP (Centro). Segundo o delegado Deoclécio Francisco, o caso está sob investigação. Procurada, a Polícia Civil ainda não deu mais detalhes.
Em nota, a Petrobras informou que “a apuração interna do caso está sendo reanalisada”. Além disso, a estatal está “colaborando com a investigação policial e já buscou acesso aos documentos emitidos pelas autoridades”. A empresa ainda reforçou que “não tolera qualquer tipo de violência, sobretudo no ambiente de trabalho”.
Após casos de importunação sexual na empresa, a Petrobras, em julho, reforçou a política interna contra estes crimes. O presidente da maior estatal do Brasil, Jean Paul Prates, afirmou que o tema não está restrito às mulheres.
Segundo ele, ao visitar as bases, como refinarias e áreas de operação da companhia, há empregados que se emocionam por causa da forma como os problemas vinham sendo tratados.
Segundo Prates, estava instaurado um clima de cobrança por resultados, além de acusações de assédio moral e sexual. “Essa empresa não é de homens que têm um departamento. Todos e todas estão incluídos nesta nova gestão”, disse, em julho, o presidente.
Na nota enviada ao DIA nesta quinta-feira (28), a companhia disse que, desde o início da atual gestão, há um “compromisso de implantar melhoria nos processos de denúncia e apuração interna destes casos”. Dentre as novas providências, está a redução do prazo para conclusão da apuração, a antecipação de mecanismo de proteção à vítima e a disponibilização de um canal de acolhimento.

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