PMs baleados durante operação no Complexo Penha recebem alta
Os dois policiais militares baleados durante a operação no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, receberam alta médica. A ação desta quarta-feira (2) provocou intensas trocas de tiros e deixou dez suspeitos mortos, outros três feridos e apreendeu sete fuzis, granadas e munições. Segundo a Polícia Militar, na manhã desta quinta-feira (3), o policiamento é normal na comunidade, que está estabilizada. Não houve registro de novos confrontos na região.
Inicialmente, os dois PMs foram socorridos para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e depois transferidos para o Hospital Central da Polícia Militar. A corporação informou ainda que levou 11 suspeitos baleados no confronto para o HEGV e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), dez já chegaram sem vida. Outros duas pessoas deram entrada na unidade no início da tarde de ontem e os três feridos permanecem internados. Ainda não há informações sobre os quadros de saúde deles.
Entre os mortos no confronto, estão Carlos Alberto Marques Toledo, o Fiel da Penha, e Claudio Henrique da Silva Brandão, o Do Leme, apontados como lideranças do Comando Vermelho nas comunidades do Juramento e da Chatuba, respectivamente. A dupla acumulava mandados de prisão em aberto por crimes como tráfico de drogas e homicídio, além de serem réus por organização criminosa e extorsão. Eles eram integrantes do grupo comandado por Thiago do Nascimento Mendes, o Belão, que extorque moradores no Quitungo, em Brás de Pina, também na Zona Norte.
A operação desta quarta-feira pretendia prender integrantes do Comando Vermelho, que domina a região, após um monitoramento do Setor de Inteligência ter indicado que ocorreria uma reunião de lideranças da facção no local. Para atrapalhar o avanço dos policiais, criminosos determinaram que mototaxistas fossem para a área de mata, onde um confronto ocorria. Os traficantes ainda usaram roupas parecidas com as dos agentes e atearam fogo em barricadas em diversos pontos da comunidade e em lixeiras da Rua Nossa Senhora da Penha, no Parque Proletário.