PF indicia Bolsonaro, Carlos e Ramagem no caso da ‘Abin paralela’

Mais de 30 pessoas foram indiciadas pela PF, que enviou o relatório final ao STF (Supremo Tribunal Federal). As apurações apontam que o esquema teria ocorrido no governo Bolsonaro, quando Ramagem era diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Entre os indiciados, está o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa. Nomeado para o cargo no governo Lula (PT), ele é suspeito de ter autorizado uma ação hacker da agência contra autoridades do governo do Paraguai, como revelou o UOL…

Outros integrantes da atual cúpula de comando da Abin também foram indiciados. Luiz Carlos Nóbrega, chefe de gabinete de Corrêa, e José Fernando Chuv, corregedor-geral do órgão, também aparecem no relatório final da PF. Além deles, constam o ex-diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti, e Paulo Maurício Fortunato, que era secretário de Planejamento do órgão na gestão de Corrêa e foi afastado do cargo pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, em 2023, por suspeita de integrar o esquema de monitoramento ilegal.

Inquérito apura uso da Abin para ações ilegais de espionagem. A investigação foi aberta no primeiro ano do governo Lula, para investigar indícios de que a agência tenha sid…

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos mais de 30 indiciados pela Polícia Federal por suposto esquema de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência.

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (17) que o seu indiciamento pela Polícia Federal no inquérito da “Abin paralela” tem motivação política.

Nos últimos dias, segundo a colunista do g1 Daniela Lima, a PF concluiu e encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) relatório em que pede o indiciamento de Carlos; do ex-presidente Jair Bolsonaro; de Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); e outras 32 pessoas.

Investigadores apuraram ao longo dos últimos anos um suposto esquema de espionagem promovido por aliados de Jair Bolsonaro com a utilização da Abin.

Em uma rede social, Carlos Bolsonaro se manifestou sobre o indiciamento. Para ele, a Polícia Federal estaria enviesada, e a conclusão do relatório, relacionada às eleições do próximo ano.

“Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência”, ironizou o parlamentar do PL.

 

Segundo o blog da Daniela Lima no g1, Carlos Bolsonaro é apontado pelos investigadores como chefe do chamado “gabinete do ódio”, que usava as informações obtidas ilegalmente pela Abin para atacar publicamente os alvos por meio das redes sociais.

Para a Polícia Federal, Alexandre Ramagem estruturou o esquema de espionagem ilegal de pessoas vistas, pela gestão Bolsonaro, como adversárias. O ex-presidente, segundo os investigadores, sabia e se beneficiava do esquema.

A Polícia Federal também indiciou o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, que teria agido para obstruir as investigações, já na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Alvos da espionagem

Entre os alvos da espionagem estavam autoridades do Judiciário, Legislativo e Executivo, além de jornalistas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) estaria entre os alvos do grupo.

Além dele, os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Maia, além do senador Renan Calheiros (MDB-AL), entre outros.

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