Operações contra Comando Vermelho deixam oito mortos em confrontos
Policiais militares e civis realizam operações, nesta sexta-feira (10), para reprimir o crime organizado em diversos bairros das zonas Sudoeste, Oeste e Norte. As ações acontecem em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV), que busca expandir o controle nestas regiões. Até o momento, três suspeitos foram presos e dois adolescentes apreendidos.
No Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, seis suspeitos morreram. Outros dois foram mortos no Quitungo, em Brás de Pina.
No início da manhã, agentes do 41º BPM (Irajá) estiveram no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte, para uma operação emergencial. Seis suspeitos morreram em confronto. Quatro fuzis e duas pistolas foram apreendidas na ação.
No Quitungo, em Brás de Pina, policiais do 16º BPM (Olaria) trocaram tiros com criminosos. O conflito acabou com dois suspeitos mortos e dois presos. As equipes apreenderam duas pistolas, rádios comunicadores e drogas.
A Polícia Militar informou que equipes do Comando de Operações Especiais (COE), por meio do Batalhão de Polícia de Choque (BPCHq) estão na Cidade de Deus; no Morro do Jordão, na Taquara; Chacrinha e Bateau Mouche, na Praça Seca; e nas comunidades Caixa D’água e Pendura Saia, no Tanque.
Agentes do 14º BPM (Bangu) patrulham a Vila Kennedy. Dois homens já foram presos com uma pistola, um rádio comunicador e drogas. Ocorrência foi registrada na 34ª DP (Bangu).
Já a Polícia Civil atua, em conjunto com a PM, na Muzema e nas comunidades Morro do Banco, Tijuquinha e Sítio do Pai João, em Itanhangá. Até o momento, os agentes prenderam um homem e apreenderam dois adolescentes.
Participam da operação na região: policiais dos Departamentos-Gerais de Polícia Especializada (DGPE) e da Capital (DGPC), das Subsecretarias de Planejamento e Integração Operacional (SSPIO) e de Inteligência (Ssinte), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Ao todo, 500 agentes realizam as diligências.
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Seis suspeitos morrem em confronto com policiais no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho
As ações desta sexta fazem parte da Operação Contenção, uma ofensiva estratégica para conter e atacar o avanço territorial do CV na Zona Oeste e na Zona Sudoeste. O principal objetivo é desarticular a estrutura financeira, logística e operacional da facção, além de prender traficantes que atuam na região.
De abril até esta quinta-feira (9), 98 criminosos foram presos e outros 10 mortos em confronto.
Impactos
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), até o momento, 12 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) foram impactadas nas regiões da Cidade de Deus, Gardênia Azul, Jacarepaguá, Praça Seca, Itanhangá e Rio das Pedras.
Quatro unidades suspenderam o início do funcionamento e avaliam a possibilidade de abertura nas próximas horas. A outras oito continuam com atendimento presencial à população, mas atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas.
Na Vila Kennedy, duas unidades precisaram suspender completamente o atendimento para a segurança de profissionais e usuários.
Já a Secretaria Municipal de Educação (SME) destacou que, na Cidade de Deus, 18 unidades foram impactadas. Na Vila Kennedy, 17. Na Chacrinha, duas.
Morte de chefe do tráfico
Nesta quinta-feira (9), Ygor Freitas de Andrade, conhecido como Matuê, apontado como líder do tráfico de drogas da Gardênia Azul e da Chacrinha, morreu em confronto com policiais civis. Além do traficante, dois seguranças foram mortos. Os agentes apreenderam dois fuzis e uma pistola na ação.
A operação aconteceu na comunidade da Chacrinha, na Praça Seca. De acordo com as investigações, Matuê, que tinha 11 anotações criminais, era integrante da “Equipe Sombra”, responsável por diversos homicídios no Rio, incluindo os assassinatos de três médicos na Barra da Tijuca em outubro de 2023. A quadrilha é liderada pelo traficante Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW.
Ygor também era suspeito de envolvimento na morte do agente José Lourenço, em maio deste ano, na Cidade de Deus. Além de chefiar o tráfico, o criminoso atuava como “braço de guerra” do Comando Vermelho, liderando invasões e confrontando facções rivais.